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 | 17/11/2005 16h06min

Ibama diz que aves migratórias representam baixo risco para o país

Contrabando de animais e comércio ilegal representam perigo maior

A possibilidade de aves migratórias trazerem o vírus H5N1, causador da gripe aviária, para solo brasileiro é ínfima, garante o diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, Rômulo Mello. Embora o risco de uma infecção transmitida por essas aves seja insignificante, a postura das autoridades brasileiras é de cautela, pois trata-se de uma doença grave.

As aves migratórias, que começam a chegar ao Brasil com a proximidade do verão, serão monitoradas e examinadas por biólogos e veterinários do Ibama e de institutos de pesquisas. O Ibama atenderá com prioridade os pedidos de autorização para coleta de material destinado a pesquisas sobre aves migratórias.  

Rômulo alerta que tráfico de animais e o intercâmbio de material biológico entre países sem o devido controle são fontes mais perigosas de transmissão do vírus da gripe aviária.

Até o momento não há registro de contaminação de seres humanos por aves silvestres. Os seres humanos que contraíram a gripe aviária tiveram contato com animais de criações domésticas. O diretor ressalta também que o Brasil está numa posição geográfica privilegiada, distante do Vietnã, Rússia, Romênia, Turquia onde ocorreram casos da doença.

Além disso, as aves originárias da Europa não costumam migrar em bandos para o Brasil atrás de alimentos e temperaturas mais quentes. Há registros de capturas de pássaros com anilhas da Inglaterra e Portugal, entre outros países, mas são considerados casos isolados. Em 20 anos de monitoramento, registraram-se 163 espécies migratórias em solo brasileiro, sendo que 93 partiram dos Estados Unidos e do Canadá.

As aves migratórias concentram-se em praias, estuários, manguezais, alagados costeiros e salgados. O Cemave, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o Instituto Evandro Chagas e o Instituto Adolpho Lutz, desenvolve pesquisas e monitoramento das aves migratorias no Parque Nacional Lagoa do Peixe (RS), nas Reentrâncias Maranhenses, na Coroa do Avião (PE) e na Costa do Amapá, justamente com a finalidade de controlar a entrada de vírus no país, a exemplo do agressivo H5N1 e de outros menos nocivos como  New Castle e o Oeste do Nilo.

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