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 | 17/11/2005 12h29min

Relatório da CPI do Mensalão aponta pagamento de favores

Abi-Ackel lerá parcerer final das investigações da comissão nesta tarde

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), afirmou que lerá o relatório final das investigações nesta tarde, às 14h, mesmo que a reunião da comissão não tenha qüórum. A reunião estava marcada para esta manhã mas foi adiada. A CPI corre o risco de acabar sem que o relatório seja votado, pois o prazo para a conclusão dos trabalhos se encerra hoje à meia-noite.

Abi-Ackel concluiu, em seu relatório, pela não-existência do mensalão, entendido como recursos pagos mensalmente aos deputados da base aliada. Mas, segundo o relator, houve o pagamento de favores indevidos em parcelas sucessivas.

Hoje é o último dia para que os integrantes da CPI do Mensalão consigam as 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores necessárias para a prorrogação dos trabalhos da comissão. Segundo a sub-relatora, deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), até agora 121 deputados já assinaram um requerimento que pede mais 30 dias de investigação. Faltam ainda 50 para atingir o mínimo necessário, que corresponde a um terço do total de deputados.

A CPI deveria ter terminado ontem, mas os integrantes da comissão interpretam que os 120 dias de prazo de duração dos trabalhos deveriam ser contados a partir do dia seguinte ao da instalação. Com a interpretação, baseada no Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o prazo terminaria hoje.

Nesta manhã, o presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), assinou o requerimento. Segundo ele, a prorrogação é fundamental para que a comissão elabore um relatório consistente que possa embasar os trabalhos do Conselho.

– A CPI do Mensalão é a que abastece o Conselho de Ética: manda os documentos, as oitivas e as testemunhas. Há necessidade de uma prorrogação de pelo menos 30 dias – afirmou Izar.

Abi-Ackel e o presidente da comissão, senador Amir Lando (PMDB-RO), se reúnem hoje no  gabinete do senador com uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O órgão estuda a possibilidade de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os advogados pedirão o acesso a informações e documentos da CPI para comprovar as irregularidades.

AGÊNCIA BRASIL E CÂMARA
 
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