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Uma coalizão que reúne 125 grupos de cientistas e pacientes fez um apelo à ONU ontem para que rejeite a proibição mundial de pesquisas com células-tronco pregada pela administração Bush e por outros 50 países.
Numa entrevista coletiva emocionada, os cientistas evocaram a memória do ator Christopher Reeve, o intérprete do Super-Homem que morreu no domingo aos 52 anos, enquanto vítimas de uma grande variedade de doenças pedem à entidade que não eliminem suas esperanças de cura.
Uma comissão da Assembléia Geral da ONU, que tem 191 Estados-membros, deve dar início no dia 21 às discussões para elaborar um tratado sobre a clonagem humana, um assunto pendente na assembléia desde 2001.
Todos os membros concordam que o tratado proíba a clonagem de seres humanos. Mas eles estão divididos na questão de permitir ou não a clonagem de embriões humanos para pesquisas com células-tronco, no que é conhecido como %26quot;clonagem terapêutica%26quot;.
Polêmica está presente na
disputa presidencial
Os Estados Unidos e a Costa Rica lideram o pedido de proibição de todas as formas de clonagem, por considerar que a com fins terapêuticos elimina vidas humanas. Os defensores do uso de embriões humanos para pesquisa dizem que a técnica guarda esperança de cura para centenas de milhões de pessoas que sofrem de doenças como câncer, Alzheimer, diabetes e danos à medula espinhal.
A questão se tornou um ponto importante da corrida presidencial norte-americana, já que o presidente George W. Bush se opõe ao financiamento estatal a qualquer pesquisa envolvendo embriões humanos, enquanto seu adversário democrata, o senador John Kerry, advoga agressivamente a realização dessas pesquisas.
Num revés para a administração Bush, a comissão legal da assembléia decidiu em novembro do ano passado adiar por dois anos a elaboração de qualquer tratado internacional sobre a clonagem. A assembléia depois
decidiu postergar as negociações por
apenas um ano.
A comissão deve se reunir na semana que vem com duas propostas de resolução opostas sobre a mesa. O texto da Costa Rica e dos EUA condena qualquer tipo de clonagem como %26quot;aética, moralmente reprovável e contrária ao respeito devido à pessoa humana%26quot;, e pede que o tratado proíba a prática. A proposta tem 57 co-patrocinadores, a maioria deles formada por países católicos, pobres ou formados por pequenas ilhas.
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