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 | 03/05/2005 20h37min

Rússia diz ter destruído 1,74 mil ogivas nucleares desde 2000

Vice-ministro falou em conferência de revisão do TNP

O vice-ministro de Assuntos Exteriores da Rússia, Sergey Kislyak, destacou nesta terça, dia 2, o compromisso de seu país com a redução dos arsenais nucleares, ao assegurar que nos últimos cinco anos Moscou destruiu 1,74 mil ogivas.

Kislyak discursou na conferência de revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), instrumento que entrou em vigor há 35 anos e que agora a Organização das Nações Unidas (ONU) tenta fortalecer para evitar a proliferação de armas atômicas. Em 2000, na última conferência sobre o assunto, os países estabeleceram uma série de medidas para avaliar a redução de seus arsenais.

A Rússia, segundo o tratado, é uma das cinco potências nucleares declaradas, junto com EUA, Reino Unido, França e China. Em sua intervenção, o vice-ministro russo revelou os esforços que seu país realizou nos últimos cinco anos, período no qual reduziu em 75% suas forças estratégicas nucleares, ao ter eliminado também 357 veículos de transporte.

Outras medidas de desarmamento nuclear incluem o reprocessamento de 500 toneladas de urânio altamente enriquecido, às quais se unirão outras 250 toneladas no segundo semestre do ano, o que equivale a "milhares de ogivas nucleares", explicou o vice-ministro.

Kislyak fez um chamado aos países para que ratifiquem o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, uma vez que, caso não se consiga um número determinado de adesões, este instrumento não poderá entrar em vigor.

O vice-ministro também demonstrou a preocupação da Rússia com a saída da Coréia do Norte do TNP, ocorrida em 2003, e com os experimentos nucleares que este país está levando a cabo e que supõem um perigo para a paz e a segurança mundial.

Apesar das tensões que o caso vem originando, ele acredita que a crise norte-coreana será solucionada por meios diplomáticos, através das conversações multilaterais entre Coréia do Norte, Rússia, Coréia do Sul, China, Japão e Estados Unidos.

As informações são da agência EFE.

 

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