| 13/11/2010 20h04min
Ter o mesmo nome do presidente da República não significa muito se for um José, Fernando ou Luiz. Milhares, afinal, compartilham esses nomes e qualquer associação acaba diluída em uma multidão de homônimos.
Mas se o presidente atender por um nome incomum, daqueles que não se ouve toda hora? Dilma, por exemplo? Nestes casos, não é improvável que as pessoas passem a fazer uma imediata relação entre a xará e a presidente.
– Agora, quando chego em algum lugar, minhas amigas já brincam: “Lá vem a presidente”, diz Dilma Rodrigues Pinto, 65 anos, uma das que foram colocadas em evidência com a eleição de Dilma Rousseff.
ZH saiu atrás dessas antes despercebidas Dilmas para saber das suas expectativas em relação à presidente eleita. Não encontrou muitas. No Rio Grande do Sul, são apenas 332 listadas em um catálogo telefônico online. Das nove Dilmas desta página, cinco votaram na xará.
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Uma característica comum às Dilmas localizadas por ZH é que todas estão em faixas etárias equivalentes à da presidente eleita e à da mãe dela, de quem herdou nome. São mulheres que, na sua maioria, já passaram dos 50 anos, algumas já avançam na casa dos 70. Uma evidência de que o nome – se foi popular em alguma época – hoje tem menor apelo. Se vai voltar à moda graças a Dilma Rousseff e logo haverá muitas “Dilminhas” ainda por aí, é algo que dependerá de como a futura presidente se sair na condução do país. Ou, como disse a comerciante aposentada Dilma Jussara Vieira:
– Espero que ela honre a “categoria” das Dilmas.
*Participaram desta reportagem Guilherme Mazui, Leandro Becker, Leila Endruweit, Letícia Barbieri e Marina Lopes.
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