Política | 28/10/2010 11h48min
A 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) se aproxima do último dia de negociações com votos de comprometimento e flexibilidade por parte dos países para chegar a um resultado positivo. Tanto dos mais ricos quanto dos mais pobres.
A definição do que representa um "resultado positivo" certamente varia de acordo com os interesses de cada país.
Mas praticamente todos os ministros que discursaram ontem na abertura do "segmento ministerial" da conferência disseram que é preciso evitar um fracasso a qualquer custo. Se não pelo bem da biodiversidade, então pelo bem das negociações sobre mudança climática marcadas para dezembro em Cancún, no México.
— Não podemos fracassar de maneira nenhuma em Nagoya. Não podemos mandar mais uma mensagem negativa para Cancún — disse Jo Leinen, representante do Comitê de Meio Ambiente do Parlamento Europeu.
— Talvez não seja tudo o que queremos, mas tem de ser muita coisa. O que não podemos é sair daqui sem nada para mostrar.
Os pontos críticos da negociação continuam sendo metas globais de áreas protegidas para 2020, mobilização de recursos financeiros e finalização de um protocolo internacional sobre acesso e repartição de benefícios (ABS) oriundos da exploração de recursos genéticos da biodiversidade.
Vários países desenvolvidos ressaltaram que o protocolo deve ser "transparente e previsível", de forma a não criar incertezas jurídicas ou burocracias excessivas que possam penalizar as pesquisas e o desenvolvimento de novas tecnologias com base na biodiversidade.
O Japão, país anfitrião da COP-10, anunciou ontem um compromisso de investir US$ 2 bilhões (R$ 3,4 bilhões) em projetos internacionais de conservação da biodiversidade nos próximos três anos.
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