Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o governador eleito do Estado, Tarso Genro, afirmou que é preciso ter estabilidade no debate político. Coordenador da campanha da candidata à Presidencia do PT, Dilma Rousseff, no Estado, Tarso crê que essa "confiança política" nos momentos finais da campanha é fundamental para "não perturbar o nosso acúmulo de votos, que chega a 54% dos votos válidos". 

— Aqui no Estado também apostamos na mobilização de rua, em comícios e viagens de lideranças ao Interior — disse o petista, a 10 dias do pleito.

Nesta quinta-feira, Dilma vai a Caxias, onde participa de comício com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre o tumulto entre militantes no Rio de Janeiro, envolvendo o candidato José Serra, Tarso disse repudiar qualquer manifestação de violência, mas também ponderou que não deve fazer "simulações". 

— A militância não deve aceitar provocações. Tenho certeza de que esse incidente será absorvido.

Mesmo priorizando a campanha de Dilma, Tarso também articula a transição no governo do Estado, que deve se intensificar a partir de novembro. O governador eleito reitera que pretende fazer fusões e separações de pastas.

— Se criarmos organismos, estes serão órgãos técnicos, não políticos — projeta Tarso, que conversará com a governadora Yeda Crusius a fim de enviar um projeto de lei a Assembleia. Assim, a intenção é de que a nova estrutura das secretarias esteja pronta no fim do ano.