Eleições | 20/10/2010 17h05min
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, recebeu nesta quarta-feira, em Brasília, o apoio de militantes do PV e lideranças ambientalistas. No evento, chamado de "Ato em defesa do meio ambiente", a petista divulgou13 compromissos de sua política ambiental. Militantes do Greenpeace, porém, aproveitaram o evento para fazer um protesto cobrando "desmatamento zero".
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comprometeu "um pouco mais" com propostas verdes
Entre os apoiadores está o ex-coordenador da campanha de Marina Silva, no primeiro turno, Pedro Ivo. Também aderiram à campanha de Dilma, eleitores emblemáticos da senadora, como Ângela Mendes, filha do ambientalista Chico Mendes.
Dilma reafirmou compromissos na área ambiental, como o acordo assumido pelo Brasil na COP 15 em Copenhague de redução da emissão de gases de efeito estufa, entre 36,1% e 39,9% até 2020, além de diminuir o desmatamento na Amazônia.
— Nossa posição na COP 15 foi das mais avançadas. Não olhamos para os outros países para decidir o que fazer. Assumimos uma posição baseada na expectativa do nosso povo.
Dilma teve o discurso interrompido por manifestantes do Greenpeace que abriram uma faixa para reivindicar desmatamento zero na Amazônia. Ela ressaltou, porém, que não faz acordo apenas para ganhar eleição.
— O que nós acordamos em Copenhague eu vou cumprir, que foi a redução no desmatamento de 80% na Floresta Amazônica — disse, ressaltando que não vai ter tolerância com desmatadores.
Em conversa com jornalistas depois do discurso, Dilma classificou de demagógica a ação do Greenpeace. Ela disse que recebeu uma carta de reivindicações do grupo que pedia o fim do desmatamento na Amazônia. Entretanto o documento não estabelecia prazos e nem sugestões de como alcançar a meta.
— Isso eu não assumo. É demagógico — disse.
O ato serviu também para marcar o apoio de cerca de 50 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo à campanha de Dilma. As organizações - entre elas a Cáritas Brasileiras, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) - entregaram à Dilma uma carta com 10 pontos em que pedem o apoio e o estímulo à agricultura familiar, além da priorização da reforma agrária.
As entidades reivindicam também a elaboração, com a participação dos movimentos do campo, do Terceiro Plano Nacional de Reforma Agrária com o objetivo de assentar as famílias sem terra que já vivem em assentamentos.
No programa de governo de Dilma há 13 compromissos na área ambiental. Entre eles estão o avanço do crescimento econômico com sustentabilidade ambiental, inclusive com a baixa emissão gás carbônico (CO2) e com foco na Amazônia.
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