O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira, por unanimidade, que não é possível substituir os dados do ex-candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz pelo da esposa, Weslian Roriz, que atualmente concorre ao cargo.

A decisão surgiu a partir de uma consulta feita pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) sobre a possibilidade da troca para o segundo turno. Segundo o relator Aldir Passarinho Junior, que consultou áreas técnicas do tribunal para proferir seu voto, não se trata de simples substituição de foto e nome, pois vários fatores estão envolvidos 'com alto índice de risco e falha'.

- Isso implicaria reinicialização de vários sistemas, que poderiam alterar resultados do primeiro turno - disse o ministro.

Ele ainda afirmou que a mudança traria a necessidade de se lacrar novamente mais de 5 mil urnas usadas no DF, contrariando resolução do TSE que afirma que as urnas devem permanecer com lacre até 60 dias após resultado das eleições.

Passarinho afirmou ainda que uma possível resposta afirmativa abriria precedente para outros pedidos semelhantes. O ministro Marco Aurélio Mello ressalvou que a decisão poderia causar incompreensão da sociedade, mas que ela está embasada em um fator estritamente técnico.

- A modificação seria desejável, decorrente do bom senso, mas implicaria em prejuízo de possível auditoria, e poderia fragilizar credibilidade da urna eletrônica - disse.

Quando a votação foi encerrada, o ministro Marcelo Ribeiro fez a ressalva de que o tribunal deveria concentrar esforços para que fosse mais fácil fazer substituição.

- Caso mais gritante é esse, vota em uma, aparece cara de outra. Ás vezes sai uma renúncia um dia antes e o eleitorado nem sabe o que aconteceu - disse o ministro.