| 20/10/2010 00h07min
BRASÍLIA - Na ânsia de buscar o voto conferido ao adversário no confronto direto, o jeito é atingi-lo ao ponto de o eleitor desconfiar da escolha inicial. E salve-se quem puder no meio deste tiroteio.
O desafio é não ultrapassar a fronteira do razoável e desembocar na rejeição, colocando tudo a perder. Por isso, os ataques das mais variadas trincheiras possíveis desferidos ou atribuídos a Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB) vão se somando à medida que se aproxima o 31 de outubro.
– É mito achar que o candidato que bate não ganha. Desconstruir o oponente faz parte do processo de eleição. O problema é como fazer isso – diz o cientista político Paulo Moura.
Os golpes realmente abaixo da linha da cintura nasceram da internet. Há correntes de e-mail com mentiras deslavadas, como as que fizeram os jornalistas Pedro Bial e Marília Gabriela serem obrigados a se defender. Um foi citado como tendo aberto voto a Dilma, o outro a Serra. Nos dois casos, mentiras. Há também vídeos do YouTube e montagens de fotos. Como são peças apócrifas, os especialistas entendem que não se pode atribuir a baixaria aos candidatos formalmente.
– Não tem autoria identificada. Qualquer eleitor pode fazer. A internet entrou na campanha pela sociedade, e não pelos partidos. Os partidos ainda não se valem com eficiência desta ferramenta – diz Moura.
diogo.olivier@zerohora.com.br
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