A pouco mais de 20 minutos de se encerrarem as eleições 2010, pelo menos 43 pessoas foram presas em Santa Catarina. Os principais crimes referem-se à boca de urna e compra de votos.

Pela manhã, oito pessoas haviam sido presas. Os eleitores presos assinaram termo circunstanciado e foram liberados.

No Sul, em Passo das Torres, 15 pessoas foram presas suspeitas de praticar boca de urna. Em Criciúma e Braço do Norte, outras duas pessoas foram presas pelo mesmo crime. Em São Ludgero e Turvo, cinco pessoas foram presas por transporte irregular de eleitores.

Em Treviso, o presidente da Câmara de Vereadores, Alcenir Pereira (PT), foi preso por cometer boca de urna. Ele foi autuado pelo Ministèrio Público (MP) por distribuir santinhos. Após audiência realizada no Fórum de Criciúma, a promotora da 92ª zona eleitoral, Rosângela Zanatta, explicou que como o vereador não tem registros de antecedentes e a lei eleitoral permite acordo, a transação penal estabeleceu o pagamento de cinco salários mínimos que serão direcionados a projetos sociais.

Um homem flagrado quando vendia o voto no bairro Mãe Luzia, em Criciúma, no início da tarde deste domingo, foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM). O comprador do voto fugiu do local e abandonou o veículo Ford Fiesta, placas de Criciúma, em frente a escola Giácomo Búrigo, onde ocorria a negociação. A suspeita é de que haja mais material de campanha no interior do veículo, que será periciado. Conforme a Polícia Civil, o comprador do voto foi identificado. O jovem mineiro de 24 anos que vendeu o voto está detido na 2ª Delegacia de Polícia de Criciúma. Com ele foram apreendidos R$ 20 e santinhos.

No Meio-Oeste, um homem foi preso em Irani por volta das 15h30min por compra de votos. Em Capinzal, um vereador está detido na delegacia. Ele estava colocando cavaletes com propaganda e distribuindo panfletos de candidatos.

No Oeste, em Xanxerê e Ouro Verde, quatro homens foram detidos por boca de urna. Um deles portava 62 cédulas de votação.

Na Grande Florianópolis, em São José, uma pessoa foi presa enquanto fazia propaganda política para um candidato.

No Litoral, 12 pessoas foram presas em Itajaí, Balneário Camboriú e Camboriú. Onze prisões ocorreram por boca de urna e uma delas porque um eleitor escalado para ser mesário se negou a trabalhar na eleição.