Eleições | 03/10/2010 16h15min
No Oeste de Santa Catarina ainda é possível encontrar eleitores que usam o cavalo como meio de transporte para ir votar. É o caso de Sebastião Feliciano de Primo, de 67 anos. Mesmo tendo carro há cerca de 15 anos, ele prefere usar o animal para trajetos menores.
— Carro é pra passeio — opina.
Geralmente ele percorre no lombo do Bragado o percurso de 2,5 quilômetros entre sua casa e a Escola Estadual Marcolina Rodrigues da Silva, no distrito de Marechal Bormann, em Chapecó.
No caminho ele pode sentir o vento, o cheiro das flores e admirar as araucárias. Além disso, o veículo às vezes lhe deixa não mão. Neste domingo, mesmo que ele quisesse, não teria como andar de carro. O motivo é que o Monza está enguiçado. Mas com o Bragado é mais simples. Basta dar água, pasto e colocar os arreios.
Como é natural da cidade gaúcha de Carazinho, ele colocou uma roupa tradicional, com bombacha e guaiaca (cinta que serve também para guardar dinheiro). Só trocou a bota por um chinelo de couro devido a uma lesão no pé.
O agricultor levou cerca de 15 minutos para chegar ao local e mais 10 minutos para votar. Como é aposentado teve preferência na fila, que estava demorando mais de uma hora. Ele ficou feliz por cumprir seu dever como cidadão. Depois, pegou o Bragado e voltou para casa, com o dever cumprido.
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