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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, esteve neste sábado em Florianópolis para acompanhar os preparativos finais para as eleições 2010. Segundo ele, a viagem faz parte de um roteiro que percorrerá todos os estados antes da data da votação, marcada para 3 de outubro. Depois de Santa Catarina, Lewandowski estará no Amapá na segunda-feira.

Em entrevista, o ministro destacou uma das principais mudanças desta eleição, quando os eleitores terão que apresentar dois documentos para votar: o título de eleitor e um documento com foto. Lewandowski explicou que esta é uma exigência legal, que não foi criada pela Justiça Eleitoral, mas pela minirreforma eleitoral, aprovada pelo Congresso Nacional, no ano passado.

Para evitar o aumento no número de eleitores que deixem de votar por conta da nova exigência, o TSE vem investindo em campanhas institucionais e prorrogou até 23 de setembro a data para a emissão da segunda via do título de eleitor.

Outra mudança deste ano é que mais de 60 municípios brasileiros terão votação em urnas biométricas, que utilizam a impressão digital na identificação do eleitor. Em Santa Catarina, a única cidade com votação biométrica é São João Batista. Segundo, Lewandowski a intenção do TSE é que até 2017 todos municípios brasileiros contem com a nova tecnologia.

O ministro ainda falou sobre a aplicação da Ficha Limpa nas eleições deste ano. Para Lewandowski, a lei foi fruto da vontade da sociedade, aprovada pelo Congresso e ainda não foi alvo de nenhuma Adin (ação direta de inconstitucionalidade). Ele explicou que o TSE vem aplicando a lei, que aumenta os casos de inelegibilidade. No entanto, o presidente lembrou que na próxima quarta-feira o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará o primeiro recurso de candidato barrado pelo Ficha Limpa, o ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz.

Segundo Lewandowski, a decisão do STF servirá de base para todos os demais julgamentos dos candidatos barrados pela nova lei. O ministro diz saber de alguns votos contra e outros a favor, mas que não é possível antecipar qualquer resultado.