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Eleições  | 16/09/2010 09h46min

Filho de Erenice teria cobrado por verba do BNDES

Em meio às negociações, ainda teria sido pedido dinheiro para ajudar na campanha de Dilma

Atualizada às 14h17min

O empresário Rubnei Quicoli afirmou nesta quinta-feira que a Casa Civil é palco de lobby e que a empresa do filho da ministra Erenice Guerra cobrou 5% da ERDB do Brasil Ltda. para conseguir um financiamento de R$ 9 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

— Foi a maior patifaria o que fizeram. Fizeram terrorismo — disse.

Entenda o suposto esquema envolvendo a ministra Erenice Guerra

A própria ministra, segundo ele, participou de uma reunião no ano passado. Segundo Quicoli, em meio às negociações com os intermediários em Brasília, foi pedido ainda o valor de R$ 5 milhões para ajudar na campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT).

— Eu disse que não podia por tudo junto numa mala. E que precisava de nota fiscal de uma empresa como prestadora de serviço — afirmou.

O pedido de dinheiro para a campanha, de acordo com Quicoli, foi feito pelo ex-diretor de Operações dos Correios Marco Antonio de Oliveira. A intermediação do filho de Erenice nesse episódio foi revelada pelo jornal Folha de São Paulo nesta quinta-feira.

O empresário Rubnei Quicoli contou que a EDRB do Brasil buscava um empréstimo junto ao BNDES para viabilizar um projeto de energia solar que estava parado desde 2002. Consultor da EDRB, Quicoli disse que a Casa Civil deu a orientação para procurarem a Capital Assessoria, empresa em nome de Saulo Guerra, filho de Erenice, mas que é comandada por outro filho da ministra, Israel.

Foi feita então a minuta de um contrato, no valor de R$ 240 mil, mais o porcentual de 5% sobre os R$ 9 bilhões.

De acordo com o empresário, a própria Erenice participou de uma reunião na Casa Civil com os representantes da EDRB em novembro do ano passado. A reunião, segundo ele, foi agendada por Vinicius Castro, ex-assessor da Casa Civil e cuja mãe é sócia da Capital Assessoria. Vinicius pediu demissão no início da semana.

Segundo Rubnei Quicoli, as negociações com a empresa de Israel Guerra foram desfeitas em março sem que o empréstimo do BNDES tivesse sido concedido.

Na edição desta semana, a revista Veja mostrou que a Capital Assessoria atuou também no ramo de transporte de carga aérea.

Agência Estado
 

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