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Eleições  | 09/09/2010 22h45min

Em comício com Lula, Dilma é chamada de heroína e de avó do PAC

Gabriel, neto da candidata, foi um dos assuntos do encontro em Ribeirão Preto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas aos governos tucanos durante comício nesta em Ribeirão Preto (SP) e centralizou seus ataques aos processos de privatização paulista e federal. Lula defendeu a candidatura de Dilma Rousseff (PT) como sua sucessora e a chamou de "heroína".

Sem citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e nem os governadores do PSDB, há 16 anos à frente do governo de São Paulo,

— Eles demonstram que não têm competência para governar, porque a única coisa que aprenderam a fazer foi vender o que não era deles; bem público, estradas, ferrovias. Quando eu entrei, em 2003, eles queriam vender a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa.

Ao lado do candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, Lula subiu o tom dos ataques e afirmou que "São Paulo não pode ficar na mão de tucano a vida inteira. O Século 21 merece coisa melhor, merece mais arrojo, por isso a gente não tem que vacilar".

Tanto o principal adversário de Mercadante, Geraldo Alckmin, quanto o de Dilma, José Serra, são tucanos e ex-governadores de São Paulo. Lula lembrou ainda que durante o seu governo o Brasil deixou de ser devedor e passou a ser credor do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nem assim poupou os tucanos.

— Essa gente que era metida a sabida ficava de quatro para o FMI e quem mandou o FMI embora fomos nós; hoje eles (FMI) nos devem US$ 14 bilhões.

Para justificar o apoio a Dilma, Lula lembrou o período em que a candidata foi presa e torturada na época da ditadura militar.

— Sei o que aquela mulher sofreu, porque foi presa, torturada. Não porque ela era bandida, ela era uma heroína que lutava pela democracia e liberdade — afirmou.

Dirigindo-se ao público, Lula defendeu ainda a candidatura de Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB) ao Senado por São Paulo e lembrou a oposição que enfrentou no parlamento durante seu governo.

— Não podemos deixar a Dilma na mão de senadores como eu fiquei — afirmou.

Lula seguiu ainda o discurso de Mercadante e atacou, com ironia, o custo dos pedágios em São Paulo, cujas rodovias foram privatizadas durante os governos do PSDB.

— Eles têm de explicar como pode pedágio custar R$ 46 daqui a São Paulo e de São Paulo a Belo Horizonte (cujas rodovias são federais) R$ 7,70. Daqui a pouco o motorista vai ter de pagar o ar que respira.

Neto de Dilma ganha homenagens no comício



Além de Lula, a grande estrela do comício foi Gabriel, neto de Dilma nascido na manhã desta quinta em Porto Alegre, que impediu a ida da candidata à Presidência ao comício. Todos os que discursaram citaram o nome do garoto, que foi tratado como novo cabo eleitoral da candidata e ela mesma foi rebatizada de avó do PAC e não mais mãe do PAC.

— Gabriel é nome de anjo que anuncia boas novas. Tenho a impressão de que Gabriel veio para anunciar a vitória de Dilma Rousseff — apostou o deputado federal Michel Temer (PMDB), candidato a vice de Dilma.

Agência Estado
Divulgação / 

Nascimento do neto fez Dilma se ausentar dos compromissos da campanha nesta quinta
Foto:  Divulgação


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