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Eleições  | 01/09/2010 09h34min

Saiba como são escolhidos os números dos candidatos nas eleições

Políticos procuram usar combinações que facilitam a memorização

Adriana Maria  |  adriana.fernandes@diario.com.br

Em tempos de urna eletrônica, uma das maiores preocupações dos candidatos é garantir que os eleitores não esqueçam o número de campanha na hora de digitar o voto.

Para dar uma mão a quem não levou a cola, os candidatos escolhem séries fáceis de memorizar. Seja qual for a combinação, o objetivo é o mesmo: fixar o número na cabeça de quem entra na cabine.

As estratégias para que os eleitores não confundam o número são as mais variadas. Segundo José Fritsch, presidente do PT catarinense, o partido orienta os candidatos a observar o teclado da urna e escolher uma combinação de fácil memorização durante a campanha.

Séries com números repetidos e outras combinações de fácil assimilação também são artimanhas do PP, segundo Joares Ponticelli, presidente do partido em SC. Ele lembra que nas últimas campanhas para deputado estadual escolheu apenas números da primeira fileira do teclado.

Projetos pessoais servem de inspiração

Números com referências a projetos pessoais também ganham espaço nos santinhos e nas placas de candidatos. O soldado da PM Rodrigo Quadros (PPS) e o ex-delegado-geral da Polícia Civil Maurício Eskudlark (PSDB) pleitearam o número com final 190, telefone da Polícia Militar.

Por outro lado, todo mundo foge de números como 171, artigo do Código Penal referente à prática de estelionato, e de sequências sem uma lógica que ajude o eleitor a guardar o número na memória.

Finais 666 também não são, em regra geral, bem-vindos pelos candidatos. O “número da besta” é visto como mau agouro. A “herança” de um número pode significar uma tentativa de reforço de uma candidatura. Por exemplo, Daniel Tozzo (PSDB), que tenta uma vaga na Assembleia Legislativa, pegou o antigo número do deputado estadual Jorginho Mello, que, agora, tenta garantir uma vaga na Câmara Federal. O objetivo, com essa estratégia, é tentar uma votação expressiva no Meio-Oeste, a base eleitoral do parlamentar tucano.

Em Joinville, o número 1540, usado pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira nas cinco vezes que conquistou uma cadeira na Câmara, foi adotado pelo médico e correligionário Dalmo Claro de Oliveira.

Confira como funciona a escolha

 

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