Críticas ao governo Lula e a Dilma Rousseff, forte defesa das gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e discursos motivacionais para a militância tucana. Teve de tudo na inauguração do primeiro comitê de apoio à candidatura presidencial de José Serra (PSDB) em Florianópolis, com a presença do governador Leonel Pavan (PSDB) e o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra. Só não teve citação ao candidato ao governo da coligação, Raimundo Colombo (DEM).

A casa, localizada no Centro da Capital, recebeu militantes e lideranças tucanas, que ouviram de Pavan dizer que quem decide a eleição não são os militantes, mas os eleitores sem filiação. O governador pediu que a campanha tucana seja levada para as ruas e defendeu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

– Nós estamos acanhados. O que se construiu nesse país não foi de um dia para o outro. Se existem hoje algumas conquistas, é porque lá atrás teve um homem com coragem de combater a inflação – disse Pavan.

Sérgio Guerra seguiu a linha do governador. Reconheceu a vantagem de Dilma nas pesquisas, mas afirmou que o desempenho se trata de onda gerada pela associação da candidata à popularidade do presidente Lula. Afirmou que o crescimento não tem sustentação nos estados, onde as candidaturas petistas não estariam acompanhando o desempenho da presidenciável.

– Temos uma situação geral que nos permite a vitória. Se a Dilma nos últimos 15 dias teve um crescimento importante, os candidatos dela nos estados não cresceram.

Sobre a campanha de Serra, Guerra disse que “o candidato vai ter um discurso mais claro, que marque a diferença entre nós e eles”. Subiu o tom das críticas ao dizer que a vitória de Dilma levaria o Brasil à “venezualização”, em referência ao governo de Hugo Chavez na Venezuela.

– Governos populistas, não-democráticos. A corrupção espalhada por todo lugar. Esse é o caminho que aponta para nós, o PT. O resto é um disfarce. Todos protegidos no Lula.

Guerra evitou comentar o engajamento dos partidos na campanha de Serra em Santa Catarina. Disse que está viajando o país para conversas com lideranças locais.

– Estamos aproximando a campanha geral das campanhas locais e resolvendo os problemas.