Por volta das 11h30min desta sexta-feira, com quase uma hora e meia de atraso, a candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), chegou à sede da Amrigs, em Porto Alegre, para um evento pluripartidário que reuniu cerca de 300 prefeitos, vices e vereadores do Interior do Estado que apoiam sua candidatura.

Durante o evento, Dilma falou por 45 minutos e criticou, indiretamente, o modelo de gestão de pedágios do seu oponente na corrida presidencial, o tucano José Serra.

A candidata afirmou que se o povo gaúcho "pensa que tem problemas com pedágio", não sabe como a questão é problemática no Estado de São Paulo, do qual Serra era governador. Dilma citou o exemplo de um trecho de 300 quilômetros, que liga a Capital à cidade de Ribeirão Preto, e que conta com 12 praças de pedágio, totalizando R$ 43,35 de tarifas somente no trajeto de ida. 

A presidenciável disse aos prefeitos que sua proposta é licitar pela menor tarifa, enquanto o "outro modelo" é por outorga (o valor da tarifa é maior e o dinheiro é aplicado em outras praças): 

— Quem defende este modelo, defende um imposto disfarçado e escondido dentro da tarifa do pedágio — criticou.

Dilma ainda alfinetou o candidato a vice-presidente na chapa de Serra, Índio da Costa (DEM):

— Pretendo ter na minha retaguarda um presidente em exercício competente e que possa assumir de fato as tarefas que precisa assumir — disse a candidata acrescentando que seu vice, Michel Temer (PMDB) tem "maturidade e capacidade" para assumir atribuições quando ela estiver fora.

O prefeito de Alegrete, Erasmo Silva (PMDB), falou em nome dos prefeitos do partido e prestou um apoio informal à candidata: 

— Eu ainda não estou autorizado a lhe dar apoio — afirmou, acrescentando que na próxima quarta-feira haverá uma reunião dos prefeitos da sigla que deve referendar a decisão de apoiar a candidatura da presidenciável no Estado.