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Eleições  | 08/08/2010 12h01min

Candidatos a deputado estadual e federal apostam na dobradinha para pedir votos

Parceria rende, ainda, redução de despesas e fortalecimento da legenda

Mayara rinaldi  |  mayara.rinaldi@diario.com.br

A prática é antiga, mas funciona bem. Quem já se elegeu deputado garante: sem ela, é muito difícil sair vitorioso em uma eleição proporcional. As chamadas "dobradinhas" entre candidatos a federal e estadual, em que um apoia o outro, estão presentes em todos os partidos. O objetivo principal é somar forças para pedir votos.

Se antes os candidatos se uniam em duplas, atualmente quanto mais parcerias em diferentes regiões melhor. A primeira vantagem é ampliar a abrangência eleitoral. Com parcerias em diversas áreas do Estado, o candidato a deputado, tanto estadual quanto federal, aumenta suas possibilidades de votos para áreas além de suas bases. O potencial eleitoral de um é agregado ao outro.

Confira a lista com alguns candidatos que já fizeram parcerias para estas eleições

Para o presidente do PT catarinense e ex-deputado, José Fritsch, o eleitor tem o hábito de vincular seu voto e nesse sentido as parceiras ajudam bastante. Um candidato a estadual que não é muito conhecido fora de sua região, por exemplo, pode se beneficiar por estar vinculado ao federal, que costuma circular mais. Por outro lado, se um federal não é muito conhecido em determinada região, o candidato a estadual também contribui.

— Todos ganham. A desvantagem é não fazer a dobradinha — afirma Fritsch.

O candidato José Carlos Vieira (PR), único de seu partido a disputar as eleições para federal em outubro, avalia que seria praticamente inviável fazer uma campanha sem o apoio dos estaduais. Para eleger-se, ele calcula que serão necessários mais de 80 mil votos e isso não seria possível com eleitores de apenas uma região do Estado.

Já no caso do deputado estadual e presidente do PP catarinense, Joares Ponticelli, candidato a reeleição, o objetivo principal é outro: buscar a maior quantidade de votos para o partido e fortalecer a legenda.

— Queremos garantir que o voto do partido para estadual não migre para outra legenda no federal e vice-versa — explica ele.

Encerradas as campanhas, quem foi eleito em normalmente mantém as dobradinhas durante o mandato.

— As parcerias são importantes também para realizar um trabalho em conjunto depois da eleição — enfatiza o deputado e candidato Paulo Bornhausen (DEM).

 

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