| 07/08/2010 20h
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou neste sábado estar otimista em um acordo de paz entre a Venezuela e a Colômbia a partir da posse do novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos. Para Lula, a expectativa é “que tudo volte a ser como sempre foi”. Depois de reunir-se ontem com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, Lula vai receber Santos no dia 1º de setembro , em Brasília, na primeira visita oficial do colombiano ao Brasil.
— Eu estou otimista com essa normalidade. Vai ter outro governo aqui. Daqui a pouco, todo mundo já está se falando e as relações voltam ao normal — afirmou Lula, horas antes da cerimônia de posse de Santos, em Bogotá.
O presidente, no entanto, evitou definir prazos sobre o fim do impasse entre venezuelanos e colombianos.
— Todo mundo tem pressa [em normalizar]. Como tem novas pessoas governando a Colômbia, vai se normalizar logo. Todo mundo perdeu com este conflito — disse Lula.
A crise entre entre a Venezuela e a Colômbia começou quando o governo colombiano apresentou denúncia na Organização de Estados Americanos (OEA), no mês passado. Durante sessão da OEA, o representante da Colômbia afirmou que a Venezuela abriga 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército da Libertação Nacional (ELN).
Chávez rebateu a informação e, desde então, a Venezuela rompeu as relações diplomáticas com a Colômbia. Mesmo diante da delicada situação, o governo venezuelano enviou o chanceler do país, Nicolás Maduro, para a cerimônia de posse de Santos. Para os negociadores internacionais, a decisão foi uma sinalização de abertura de negociações.
O novo presidente colombiano é considerado um interlocutor rígido, mas menos radical que seu antecessor, o presidente Alvaro Uribe. Foi Lula quem informou sobre a visita de Santos ao Brasil.
— No dia 1º de setembro, o presidente Santos fará a primeira visita oficial ao Brasil.
Para Lula, há indicações da parte de Chávez de que um acordo deve ser fechado em breve. “Ele [Chávez] está disposto a se encontrar com Santos. São dois países [a Colômbia e a Venezuela] que possuem 2 mil quilômetros de fronteira, com dependência energética, habitantes que circulam de um lado para o outro. A minha expectativa é que tudo volte a ser como sempre foi”, disse Lula, otimista em relação a um acordo.
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