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Eleições  | 29/07/2010 09h11min

Presidenciável do PRTB investiga diferenças entre resultados de institutos de pesquisa

Levy Fidelix não acredita que levantamentos possam apresentar tamanha variação

O candidato à Presidência da República pelo PRTB, Levy Fidelix, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ter acesso aos formulários de resposta das pesquisas recentes divulgadas pelos institutos Datafolha e Vox Populi. Segundo o candidato, não é possível que levantamentos feitos em períodos semelhantes apresentem tamanha variação, independentemente das diferentes metodologias usadas na coleta de opiniões.

Conforme a pesquisa do Vox Populi, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tem 41% de intenções de voto, contra 33% do tucano José Serra. A margem de erro é de de 1,8 ponto percentual.

Já a pesquisa do Datafolha identificou que Serra detinha 37% das intenções de voto, contra 36% de Dilma, o que mostra empate técnico. Neste caso, a margem de erro é de dois pontos percentuais. Ambos levantamentos foram feitos em julho.

— Não importa qual é o método, por isso se chama pesquisa de amostragem. O DNA é sempre o mesmo, não importa se você pega do cabelo ou de um litro de sangue — argumenta Fidelix.

Para o candidato, antes de perguntar em quem o eleitor pretende votar, o pesquisador precisa perguntar se o entrevistado irá votar:

— Cerca de 30% dos eleitores não votam, precisamos descartar isso [esses eleitores].

Além de discordar da metodologia, Fidelix acredita na possibilidade de fraudes nos formulários.

— Em 2008, fiz uma investigação em formulários de pesquisas realizadas para a prefeitura de São Paulo e encontrei problemas como rasuras e duas pesquisas com a mesma pessoa — argumenta.

Ele disse que só não tomou providências porque quando conseguiu avaliar os formulários faltavam menos de cinco dias para o pleito.

— Mas tenho isso registrado. Cansei de ser motivo de piada. Não faço campanha daqui para frente se isso [supostos problemas nas pesquisas] não for resolvido. Essas pesquisas têm muita força, principalmente na mídia, e definem votos — afirma Fidelix, que disputou oito eleições desde 1986 e nunca foi eleito.

AGÊNCIA BRASIL
 

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