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Eleições  | 22/07/2010 09h55min

Dilma nega mudança radical e rejeita controle da mídia

Para a candidata, há pessoas tentando explorar temores obscuros em relação a um novo governo do PT

Empenhada em desfazer a imagem de que dará uma guinada à esquerda no governo se vencer a eleição, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que é rigorosamente contrária ao controle de conteúdo da mídia e mostrou disposição para enquadrar as alas radicais do partido. Em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, a petista pregou a liberdade de expressão e o direito à crítica.

— É inadmissível a censura à imprensa. O único controle que admito é o controle remoto, na mão do telespectador, porque ele muda de canal — afirmou.

A candidata fez a comparação em tom bem humorado, ao ser lembrada sobre as propostas preparadas pelo PT para seu programa de governo, sugerindo o combate ao monopólio e o controle social dos meios de comunicação. A plataforma chegou a ser apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral, mas, diante da repercussão negativa, esse e outros trechos polêmicos acabaram retirados do documento.

Sem citar nominalmente o candidato do PSDB, José Serra, Dilma deu várias estocadas indiretas no adversário e disse que há pessoas tentando explorar temores obscuros em relação a um novo governo do PT. Ao ser questionada se conseguirá dominar as tendências mais à esquerda no mosaico ideológico do petismo, caso chegue ao Palácio do Planalto, ela afirmou que não alimenta essa preocupação.

— O poder de um governo é descomunal em relação a um partido — disse.

Agência Estado
 

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