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Eleições  | 20/07/2010 16h34min

Para Dilma, atitude de Serra e Indio não honra campanha

Candidata diz que não entrará no embate de críticas e acusações contra concorrente

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, esteve nesta terça-feira em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e depois seguiu para Montes Claros, no mesmo Estado. Nesta terça-feira, ela voltou a afirmar que não entrará no embate de críticas e acusações contra o concorrente do PSDB ao cargo, José Serra.

— Jamais imaginei que, diante da adversidade, o meu adversário recorresse a certas atitudes que eu considero que não honram uma campanha eleitoral num país como o Brasil — afirmou Dilma.

A petista se refere às declarações de Indio da Costa, candidato a vice pela chapa de Serra, que afirmou que o PT é ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico. Em seguida, Serra reafirmou o laço entre PT e as Farc, mas não cravou a mesma declaração sobre o tráfico.

— Acho que o Brasil exige de nós qualidade nesse debate eleitoral. Exige apresentação de propostas, exige um debate de alto nível. Da minha parte, eu quero dizer que não descerei a esse nível, e não haverá ninguém capaz de me fazer descer a esse nível — continuou a presidenciável.

— Eu não concordo em continuar esse tipo de polêmica. Não são questões que o povo merece escutar, ouvir, discutir e ter os seus candidatos apresentando para eles — prosseguiu ela.

Dilma também respondeu que não iria "polemizar" a questão envolvendo a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau. O comando petista estuda se seria conveniente entrar com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público contra a procuradora.

Para Dilma, Sandra Cureau deve ter dois pesos e duas medidas envolvendo os candidatos na disputa eleitoral. Na avaliação do PT, a procuradora teria sido mais rigorosa ao pedir investigações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estaria abusando do poder em campanha pró-Dilma, do que contra Serra.

Dilma saiu para um rápido corpo-a-corpo, caminhando meio quarteirão, acompanhada do candidato ao governo mineiro, Hélio Costa (PMDB), do vice de Costa, Patrus Ananias (PT), e do candidato ao Senado Fernando Pimentel (PT).

Em entrevista a emissoras locais, Dilma falou de assuntos regionais, como o motivo de não ter participado da inauguração de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no mês passado, ao lado de Lula:

— A Justiça Eleitoral não permite — justificou ela. Dilma disse que aposta no voto feminino, pois as mulheres querem educação de qualidade, acesso decente à saúde e proteção dos jovens contra violência, crime organizado e drogas.

— Tenho certeza de que toda mulher quer isso — comentou a petista, encerrando com a promessa de continuar mantendo a estabilidade econômica, mas também com crescimento do País. Com Lula, entramos numa nova era — defendeu.

Agência Estado
 

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