A campanha política dos candidatos tucanos de Criciúma à Assembleia Legislativa, vereadora Tati Teixeira e Dóia Guglielmi (PSDB), aparentemente parece não ter sido abalada, após a publicação em um blog de supostas conversas gravadas entre o governador Leonel Pavan, a vereadora Tati Teixeira (PSDB) e o empresário e presidente de honra do partido, Henrique Salvaro.

O conteúdo, que sugere apoio de Pavan e do empresário direcionado à vereadora, foi negado pelos dois candidatos e trouxe à tona fissuras no ninho tucano, que aprovou a candidatura de Guglielmi nas prévias.

De acordo com o presidente municipal do PSDB, Verceli Coral, o nome de Dóia Guglielmi como candidato estadual foi homologado pelo partido na prévia de 2009. O nome de Tati seria para deputada federal, mas ela não teria ido ao encontro e "não cumprido" o acordo partidário preliminar.

— Ela estava mapeada para ser deputada federal e voltou atrás, lançou sua candidatura própria à Assembleia. Penso que na decisão pesou mais o ego do que a razão — afirma Coral.

Coral diz reconhecer que, para o PSDB, ter dois candidatos como Dóia Guglielmi e Tati Teixeira significa estar bem no páreo eleitoral. O primeiro tem a experiência como chefe de gabinete de Clésio Salvaro quando era deputado estadual e da secretaria executiva da prefeitura. E Tati tem o histórico na luta estudantil e pelo ensino público gratuito.

Tati, que afirmou nunca querer ser candidata a deputada federal, sabe que não tem cem por cento de apoio do partido. Mas está satisfeita com o reconhecimento de Pavan e o peso da experiência política do empresário Henrique Salvaro, que ela considera "grande conselheiro político". 

— O Pavan apoia os dois candidatos sem distinção. Como sou líder do governo na Câmara, nada mais justo que o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) assumir minha candidatura — ressalta.

Sem contato político com o empresário Henrique Salvaro, Dóia afirma que é próximo de Pavan e que sua candidatura tem o "aval" do governador.

— Não li essas conversas e não me sinto desprestigiado. Para mim, tudo isso é uma palhaçada de eleições, baixaria — disse.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o governandorLeonel Pavan, que está na Ucrânia, disse que isso é um caso de polícia e Justiça.

— É inaceitável que, de forma anônima, divulguem em um blog inverdades para prejudicar politicamente as pessoas.

O assessor Carlos Mello afirmou que já estão sendo tomadas medidas no âmbito policial e Judiciário para punir os autores.

O empresário Henrique Salvaro foi procurado em suas empresas, mas não foi localizado e não atendeu às ligações telefônicas do Diário Catarinense.