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Eleições  | 16/07/2010 00h46min

Especialistas definem estratégias da campanha eleitoral em cada fase

Marqueteiros dizem que corpo a corpo é principal estratégia no período pré-televisivo

Cristina Vieira  |  cristina.vieira@diario.com.br

"Gostaria de saber de sua possibilidade de me ajudar na minha eleição para Deputado Estadual. Você pode me ajudar com seu voto, pedindo a seus amigos e familiares para votarem em mim e distribuindo este texto para sua lista de contatos..."

A frase acima é parte do conteúdo de e-mail que começou a ser disparado esta semana a eleitores. Não há irregularidade em enviar mensagens pedindo voto. Mas especialistas em marketing político afirmam que este não é o momento de assediar o eleitor, com mensagens por e-mail, celular ou telefone.

Para cada fase da campanha, garantem os marqueteiros, há um tipo específico de propaganda que costuma funcionar (confira abaixo).

Chamado de período pré-televisivo — antes do início do horário obrigatório, que começa em 17 de agosto —, a primeira fase é indicada para ser o momento de apresentação dos candidatos ao seu nicho eleitoral.

— Se você é advogado, procure os colegas, visite o Fórum. Quem manda e-mail já começa a campanha errado. Os que serão eleitos em outubro estão neste momento conversando com seu eleitorado — afirma Marco Iten, especialista em marketing político com base na capital paulista e que percorre o país promovendo cursos sobre campanha eleitoral.

Em Santa Catarina, a internet é vista como um mistério. Ela fará parte da campanha, mas ninguém sabe se terá um efeito parecido com o registrado na eleição de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos.

Para Mario Speranza, marqueteiro da campanha de Angela Amin, as mensagens eletrônicas podem ser eficientes se forem direcionadas.

— O eleitor pode gostar de receber uma mensagem de um candidato que fale do problema da rua dele ou da região dele. E-mails genéricos não devem funcionar — afirma.

Tanto ele quanto Chico Malfinati, coordenador do marketing da candidata petista Ideli Salvatti, analisam que a campanha ainda está na fase de "esquenta". Os comitês ainda estão produzindo material gráfico. Por isso, ainda não se vê propaganda na rua.

— Também não é hora de colocar bandeiras e intensificar propaganda na rua porque demanda um esforço de recurso que depois não poderá ser mantido — diz Malfitani.

Fabio Veiga, marqueteiro de Raimundo Colombo, não atendeu às ligações no celular nem retornou os recados deixados na caixa postal.

 

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