Eleições | 07/07/2010 17h30min
No comando da defesa de cinco das seis multas já aplicadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por campanha eleitoral antecipada, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, entende que o chefe tem o direito de manifestar sua opinião sobre a corrida ao Palácio do Planalto. O presidente da República, diz Adams, não pode ter mais limitações do que os demais políticos.
— Não podemos excluir o presidente Lula do processo político — diz.
Na avaliação do chefe da AGU, o presidente vem sendo punido por supostas mensagens subliminares de apoio à candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff. Lula, na sua avaliação, não desequilibra a campanha.
— O processo eleitoral favorece os que têm maior representação política — diz Adams.
Ele não considera a hipótese de o presidente se licenciar do cargo nos próximos três meses e prega uma reforma na legislação eleitoral:
— O exercício da opinião não pode ser objeto de punição. Porque senão nós estamos atacando o núcleo mesmo da democracia.
Adams diz acreditar no sucesso dos recursos da AGU contra as multas aplicadas ao presidente:
— Eu já vi várias declarações no sentido de que o presidente deveria ficar afastado do processo eleitoral, agir como magistrado. Não concordo, isso é exercício da cidadania.
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