| 04/07/2010 21h16min
Cidadãos de quase metade dos estados mexicanos votaram neste domingo para eleger autoridades regionais em um ambiente te tensões políticas. Entre os episódios de violência que marcaram o pleito estão a detenção de pessoas com coquetéis molotov no Sul do país e o encontro de cadáveres no Norte.
Os eleitores dos 14 estados que passam por eleições representam um terço dos 107 milhões de mexicanos. Eles foram às urnas para escolher governadores, deputados estaduais e prefeitos. Em 12 das 14 unidades federativas serão escolhidos governadores, incluindo o estado de Tamaulipas, na fronteira com os Estados Unidos, onde o candidato Rodolfo Torre (Partido Revolucionário Institucional) foi assassinado há seis dias, supostamente a mando do crime organizado.
Outro estado afetado pela violência foi Chihuahua, onde a polícia localizou quatro corpos pendurados em pontes na Capital. Horas depois foram localizados os cadáveres de seis pessoas em uma estrada próxima a cidade de Chihuahua. Todos foram baleados e estavam vendados, com o rosto coberto de fita adesiva.
Esse pleito é considerado um teste para as presidenciais de 2012, quando o PRI aspira a recuperar o poder que perdeu para o partido de Calderón há uma década.
Denúncias contra polícias estaduais
Policiais de governos estaduais irromperam horas antes do início das eleições deste domingo no México na casa de um candidato em Veracruz (leste) e em um comitê de campanha em Hidalgo (centro), e prenderam 12 pessoas, denunciou o partido do presidente Felipe Calderón. Em Pachuca, capital de Hidalgo, governado pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), a polícia estatal invadiu a sede da campanha de Xochtl Gávez e prendeu 12 colaboradores de uma coalizão entre o Partido Ação Nacional (PAN) de Calderón e à esquerda.
— É uma demonstração de como estão utilizando a força estatal — disse à imprensa Jesús Zambrano, coordenador da campanha de Gávez.
O PRI manteve durante 71 anos (1929-2000) um poder monopolista no México e ainda controla a maioria dos governos das 32 entidades federais (31 estados e 1 distrito federal).
O PAN também denunciou que um grupo de policiais entrou na noite de sábado na casa de Miguel Angel Yunes, candidato desse partido ao governo de Veracruz, com a intenção de prender os seguranças do político. Germán Ortega, secretário-geral do PAN nesse estado, qualificou o fato como uma "provocação orquestrada pelo governo" de Veracruz, liderado por Fidel Herrera do PRI. Yunes visitava, junto a outros familiares, um irmão que estava doente e morreu de madrugada. A polícia retirou-se depois de comprovar que o pessoal de segurança do candidato era de confiança, afirmou Ortega.
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