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Eleições  | 03/06/2010 23h55min

Pré-candidata Angela Amin (PP) enfrenta dificuldades para conquistar aliados

Conversas mais adiantadas foram com o PDT, que ofereceria o nome do vice

Mesmo liderando as pesquisas e com o dobro das intenções de voto em relação ao segundo colocado, a deputada federal Angela Amin (PP) enfrenta dificuldades nas negociações entorno de alianças para disputar o governo de Santa Catarina.

As conversas mais adiantadas foram com o PDT, que ofereceria o nome do vice na chapa. Os dois partidos voltam a conversar no sábado.

Desde o lançamento da pré-candidatura, o PP deixou claro que conversaria com todas as siglas, à exceção do adversário histórico PMDB. Mesmo com o amplo leque e a possibilidade de aderir às candidaturas presidenciais de Dilma Rousseff (PT) ou de José Serra (PSDB), a busca por aliados esbarra na indefinição do cenário eleitoral.

PT, DEM e PSDB — que já têm nomes para concorrer ao governo do Estado — precisariam abrir mão em nome de Angela Amin.

Isolamento

A pré-candidata diz que as conversas continuam e que não teme ficar isolada.

— Nós estamos correndo o Estado e mantendo as conversas. Medo não tenho nenhum, porque vamos ganhar a eleição — diz.

O presidente estadual do PP, Joares Ponticelli, garante que sigla está pronta para encarar a eleição — sozinho ou acompanhado.

— O partido está preparado para disputar a eleição com ou sem coligação. Não podemos deixar de apresentar uma alternativa porque nós fundamos a oposição ao governo Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Nós nunca votamos nele. O PT, já — diz.

Os entendimentos com o PT em busca de palanque único de oposição esbarram no fortalecimento da candidatura da senadora Ideli Salvatti (PT) ao governo.

Na semana passada, o PDT anunciou que estará aliado a PSB e PR na eleição para deputado estadual e federal — decisão que afasta a coligação. PSB e PR já estão pré-acertados com Ideli.

As conversas de Angela Amin com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PSDB), esfriaram a aproximação dos dois partidos que fizeram oposição ao governo Luiz Henrique.

Ponticelli aposta em um quadro com múltiplas candidaturas, mas acredita que a coligação pode acontecer em primeiro turno se a tríplice aliança se reunir.

A pré-candidatura de Raimundo Colombo (DEM) e a possibilidade de o governador Leonel Pavan (PSDB) disputar a reeleição dificultam alianças. Ironicamente, é a condição de líder das pesquisas que atrapalha a composição.

— Não é uma questão de intransigência. É que nas pesquisas a nossa candidata tem o dobro das intenções de voto do segundo colocado. Não podemos fugir do que determina o eleitor — diz Ponticelli.

Fantasma

As dificuldades do partido em conquistar aliados remete ao fantasma em 2006. Naquele ano, a candidatura do ex-governador Esperidião Amin (PP) ficou isolada, contando apenas com os pequenos PV e PMN para encarar a disputa e aumentar o tempo no horário eleitoral gratuito.

 

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