| 01/06/2010 19h17min
A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, defendeu nesta terça-feira o veto presidencial ao fim do fator previdenciário, mecanismo que reduz o valor dos benefícios das pessoas que tentam se aposentar mais cedo.
— Ainda que tenhamos a compreensão de que é necessário fazer uma reforma da Previdência, e essa reforma passaria por rever essa questão da idade e extinção do fator previdenciário, neste momento não seria consequente, não seria responsável que o presidente Lula acatasse a extinção do fator — disse Erenice durante o programa "Bom Dia, Ministro", veiculado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
A extinção do fator previdenciário foi aprovada na semana retrasada pelo Senado junto com o reajuste de 7,72% do valor das aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo. A equipe econômica defende o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto da emenda que extinguiu o fator - criado no governo Fernando Henrique Cardoso - quanto do reajuste, que ficou bem acima dos 6,14% defendidos pelo grupo.
Para Erenice, a discussão sobre a extinção do fator e uma possível reforma da Previdência caberá ao futuro presidente da República.
— Não é o momento de fazer atuação eleitoreira com o fator previdenciário — criticou a ministra.
— Estamos em um ano de eleição, não sabemos quem será o futuro presidente. Até torcemos eventualmente para um candidato ou outro, mas o nosso compromisso é com um país que esteja apto e preparado para ser governado com tranquilidade pelo próximo governante.
PAC
Durante o programa, a ministra da Casa Civil afirmou que o governo não irá acelerar o cronograma de execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) por conta das eleições presidenciais de outubro.
— Não é necessário e não é intenção do governo acelerar para fazermos inaugurações — disse a ministra.
— As obras terão o ritmo necessário para sua conclusão. Não vamos nem atrasar obra, nem acelerar mais do que o cronograma normal de cada uma já prevê — disse.
Ainda assim, Erenice afirmou que as obras previstas no programa - que era coordenado diretamente pela ex-ministra e atual pré-candidata do PT, Dilma Rousseff - estão "a todo vapor".
— Entramos num processo de crescimento, onde as obras caminham num passo mais acelerado — disse Erenice.
— Num primeiro momento o PAC teve um andar mais lento devido ao processo natural de fazer projetos, licitações, mobilizar empreiteiras e empreendedores. Agora é uma fase de obras que tem um ritmo mais acelerado — explicou.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.