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Eleições  | 21/05/2010 05h34min

"Tendência é apoiarmos Serra", diz deputado do PMDB gaúcho

Candidato do PSDB à Presidência atraiu simpatia de deputados peemedebistas e ajudou a desatar coligação com outro aliado

Dois dias depois de o PMDB anunciar o presidente nacional do partido, Michel Temer, como vice de Dilma Rousseff, sua principal adversária à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), começou a alinhavar ontem o apoio do PMDB gaúcho a sua candidatura. No seu périplo pela capital gaúcha, Serra também apadrinhou o anúncio da coligação entre PSDB e PP para a disputa majoritária e para deputado federal nas eleições de outubro (veja matéria abaixo).

O candidato do PSDB desembarcou em Porto Alegre por volta do meio-dia e seguiu direto para a Assembleia, para um encontro com a bancada do PMDB, solicitado às pressas pelo próprio Serra no final da tarde de quarta-feira.

Na reunião-almoço de uma hora e 50 minutos, o candidato conversou com sete dos nove deputados estaduais do partido, além do deputado federal Osmar Terra. Embora ainda não tenha recebido apoio explícito, Serra saiu satisfeito da reunião.

– O propósito principal não foi angariar apoio, mas estreitar minhas ligações com o Estado. Foi uma reunião muito proveitosa – afirmou.

Tucano diz que há diferenças com PMDB, não antagonismo

Serra salientou ainda “afinidade grande” com o PMDB gaúcho, desde quando voltou do exílio, em 1978:

– É natural que numa campanha política se queira ficar próximo de quem se tem afinidade, de quem se gosta .

Segundo o deputado Luiz Fernando Záchia, embora não tenha avançado no apoio a Serra, a reunião de ontem praticamente definiu uma tendência.

– Há a questão nacional (a participação do PMDB na chapa de Dilma). Ninguém vai querer afrontar uma decisão que só será tomada na convenção nacional do partido. Mas a tendência, até por uma relação histórica, é apoiarmos Serra – disse Záchia.

Sobre o possível incômodo do PSDB gaúcho com sua aproximação com o PMDB do candidato José Fogaça, Serra disse que nunca ouviu queixas:

– Até há pouco tempo, o PMDB participava do governo (estadual). Não há antagonismo entre os dois partidos, há apenas diferenças. Antagonismo e diferenças não são a mesma coisa.

Candidato tucano sela parceria PP-PSDB

Depois de um longo namoro, com direito a desentendimentos e aproximações, PP e PSDB anunciaram ontem seu esperado casamento para as eleições de outubro. O Partido Progressista indicará o vice de Yeda Crusius para o Piratini e um dos candidatos ao Senado – a jornalista Ana Amélia Lemos.

Ao PSDB caberá a indicação do outro candidato ao Senado (um dos nomes lembrados ontem era o do ex-vice-governador Vicente Bogo). Os dois partidos também vão concorrer unidos a deputado federal. Só terão chapas separadas na disputa pela Assembleia Legislativa.

O anúncio da coligação, que será oficializada na próxima semana, foi apadrinhado pelo candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Antes do anúncio, Serra, ao lado do presidente do PSDB, Claudio Diaz, reuniu-se por mais de meia hora com a direção, deputados e membros do PP, na sede do partido.

PP-PSDB
O PSDB INDICARÁ:
Caminhando para uma coligação no plano nacional, PP e PSDB anunciaram ontem que disputarão juntos as eleições de outubro no Estado. Mas a parceria não incluirá a campanha pela Assembleia. Veja como será:
- Candidato a governador (Yeda Crusius)
- Um dos candidatos ao Senado
- Parte dos candidatos nas eleições proporcionais à Câmara dos Deputados
O PP INDICARÁ:
- Candidato a vice
- Um dos candidatos ao Senado (Ana Amélia Lemos)
- Parte dos candidatos nas eleições proporcionais à Câmara dos Deputados
Não haverá coligação para a Assembleia Legislativa. Cada partido apresentará uma lista com candidatos próprios para concorrer às 55 cadeiras de deputado estadual.


 

ZERO HORA
Fernando Gomes / 

Serra disse ter "afinidade histórica" com os gaúchos
Foto:  Fernando Gomes


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