Eleições | 15/05/2010 03h49min
Depois de elogios recentes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato tucano, José Serra, entrou em confronto direto ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, lançou críticas indiretas contra sua oponente petista, Dilma Rousseff, e atacou o modo de governar da atual gestão. O tucano duvidou da efetividade do corte de R$ 10 bilhões em gastos de custeio anunciado pelo governo.
– Não posso comentar porque não sei onde vão cortar. Precisa ver se é corte de verdade ou é só espuma. Se tiver desperdício para cortar, tudo bem. Cortar o essencial, não – declarou.
Em nota divulgada no final da tarde, Mantega disse que Serra pode ficar “tranquilo”.
“A redução de gastos é para valer. O ex-governador deveria estar feliz por nosso governo estar fazendo superávit primário há sete anos e meio seguidos, ao contrário do governo anterior, do qual ele foi ministro do Planejamento, quando não se fez nenhum superávit primário,” rebateu Mantega.
O tucano passou o dia no Rio, onde deu três entrevistas para rádio e TV e fez palestra. Na capital fluminense, Serra se encontrou com Fernando Gabeira (PV).
Serra diz que reconhece coisas boas no governo Lula porque nunca fez “arrasa-quarteirão” em campanha. Mas foi duro no ataque:
– As agências reguladoras, que foram um avanço no Brasil para substituir o Estado, foram pervertidas simplesmente porque foram loteadas politicamente.
O aperto no cinto |
POR QUE A MEDIDA É IMPORTANTE |
- Mostra que o governo não quer deixar a economia crescer a mais de 7% ao ano. Além disso, significaria uma expansão com geração de bolhas de inflação e desequilíbrios na infraestrutura do país. Na prática, há um dilema: até onde a economia pode avançar sem inflação? |
O AJUSTE FISCAL |
- R$ 21,8 bi já haviam sido retidos em março. |
- R$ 10 bi foi o corte anunciado na quinta-feira. |
ZERO HORA
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