Antes há o clássico contra o Figueirense pelo título do segundo turno catarinense, neste domingo, mas o Avaí não esqueceu Silas e o Grêmio. Só se fala nisso da Avenida Beira-Mar para dentro. Vou além: o Grêmio que abra o olho.

A Ressacada vai ser palco de uma batalha, e não apenas eco dos resmungos do erro de arbitragem que antecedeu ao primeiro gol do Grêmio, aquele escanteio inexistente cobrado por Douglas.

Apesar da vantagem de 3 a 1, será preciso matizes épicos para seguir na Copa do Brasil. O Avaí arma — e está no seu papel, pois tem elementos para isso — um cenário destinado a fazer seus jogadores entrarem em campo rilhando os dentes quarta-feira.

A voz de Silas comparando a intensidade de seus amores entre Grêmio e Avaí está no vestiário do antigo clube. O áudio da entrevista foi capturado do Clicrbs. Os jogadores já ouviram, e ouvirão mais vezes até quarta-feira. O texto a seguir será afixado nas paredes, tantas quantas paredes existirem na Ressacada:

— Já estou aqui desde dezembro (de 2009), já é bastante tempo. Tudo que se vive aqui é com uma intensidade muito grande. Logicamente que eu converso com as pessoas de lá, eles me ligam também, mas eu já aprendi a gostar do Grêmio, do ambiente, das pessoas. O meu sentimento pelo Grêmio já é maior pelo que eu tenho pelo Avaí.

Vinte e quatro horas depois da partida, o atacante Roberto concedeu entrevista à Rádio CBN de Florianópolis. Disse que viu Silas "puxando o árbitro reserva para entregar o Caio", expulso por reclamação.

O tom indignado do atacante pontuou ontem as reações nos blogs e comunidades de torcedores na internet. Cópias impressas das declarações do vice de futebol Luiz Onofre Meira falando sobre um possível confronto com o Santos também foram providenciadas.

Vitaminado pela invencibilidade em casa, onde não perde há sete meses, o Avaí vai transformar a Ressacada em um inferno. A conversa de Silas com o presidente João Nilson Zunino por telefone, ontem, não vai mudar em nada este ambiente.

O Grêmio que abra e olho e se prepare.

 

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