| 03/04/2010 22h16min
Depois de comandar a seleção sul-africana na derrota para os reservas do Santos, por 2 a 1, neste sábado, o técnico Carlos Alberto Parreira concedeu entrevista coletiva. A principal questão, como não poderia deixar de ser, foi a respeito da possibilidade de Paulo Henrique Ganso e Neymar vestirem a camisa da Seleção Brasileira na próxima Copa do Mundo.
– Não sou o Dunga, que é quem está envolvido e comprometido com a Seleção. Ele já está no comando há três anos e meio e deve saber das necessidades da equipe. Neymar e Ganso tem ótimo potencial, mas se é a hora certa para convocá-los, o Dunga que sabe. É complicado para o treinador levar um jogador para a Copa sem nunca ter sido testado. É preciso considerar isso. Sem teste, não dá para saber a resposta do jogador dentro de campo – disse o técnico, tetracampeão Mundial com a Seleção em 1994.
As palavras de Parreira, entretanto, pareceram um pouco contraditórias, já que, em 1994, ele levou para a Copa do Mundo dos Estados Unidos o atacante Ronaldo, então com apenas 17 anos e quase nenhuma experiência internacional.
– O caso do Ronaldo foi diferente. Ele fez dois ou três jogos com a Seleção antes da Copa. Como falei, Ganso e Neymar têm muito potencial. Se não forem agora, irão muito em breve. São jovens e têm um grande futuro pela frente – finalizou.
Sobre a derrota no jogo treino, Parreira, apesar do tropeço, parece ter ficado satisfeito. Neste duelo, o treinador só utilizou jogadores que atuam em clubes da África do Sul.
– Agradeço ao Santos por esse jogo, que faz parte do nosso aprendizado. Gostei do time no segundo tempo, mas ainda temos muito a aprender. Nosso time só vai ter sucesso quando souber colocar a bola no chão. E tomamos dois gols em bola parada.
Os gols do confronto foram marcados pelo estreante Marcel e por Breitner, para o Santos, e Mphela, para a África do Sul.
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