Após o empate com o Juventude, o sentimento nio Esportivo variava entre a decepção pelo empate cedido no final e a esperança de melhores resultados nas próximas rodadas, pelo espírito do time. O zagueiro Bolando, autor da falta que resultou no pênalti, disse que o árbitro acertou:

— Foi pênalti mesmo, a verdade é essa. A gente fez um grande jogo, talvez o nosso melhor, pelo nível do adversário. O mais importante foi a mudança de atitude do time.

Com o empate, o Esportivo continua seriamente ameaçado de rebaixamento. O diretor de futebol Sílvio dos Santos também lamentou o resultado, mas sentiu evolução:

— O empate teve sabor de derrota, pois estávamos com o jogo encaminhado. Não há o que contestar quanto à penalidade, mas há coisas que só acontecem contra nós. Os jogadores tiveram atitude, brio, e vamos bem preparados para enfrentar o Porto Alegre.

O técnico Leandro Machado, que atrasou mais de 10 minutos a entrada do time em campo, além de realizar treinos secretos durante a semana, justificou essas estratégias pela proximidade de Bento Gonçalves com Caxias do Sul:

— Eu trabalhei lá e sei como as informações correm. Mas isso foi apenas para esse jogo, porque eu não poderia abrir tudo. A partir de agora, a imprensa, que ajuda o Esportivo, terá acesso a todos os trabalhos.

Em relação ao desempenho do time, o técnico seguiu a linha dos demais.

— Se for analisado o aspecto da pontuação, além do gol sofrido no final, com um pênalti bobo, foi ruim, pois a tabela nos obriga a ganhar sempre. Mas os atletas tiveram a atitude de quem quer mudar a situação. O grupo foi valente, corajoso e tentou fazer o melhor — disse.

Roberto Sperotto, presidente do Conselho Deliberativo do Esportivo, voltou a lamentar as críticas e a falta de apoio da comunidade ao clube:

— Bento Gonçalves não tem contribuído da forma como o Esportivo merece. Não se admite que, nos últimos 12 Gauchões, o Esportivo tenha ficado atrás do Veranópolis. Estamos fazendo o máximo para manter o clube.