| 06/02/2010 15h49min
Apesar de ainda ser muito cedo para dizer se o atacante paraguaio Salvador Cabañas voltará a jogar futebol, a bala que está alojada em sua cabeça não seria empecilho algum no seu retorno aos gramados. Segundo o neurocirurgião que operou o atleta, Ernesto Martinez, a bala não irá se movimentar.
– A bala não vai se movimentar, jogue ou não, não há nenhum risco – afirmou.
Cabañas, 29 anos, foi baleado no dia 25 de janeiro em um bar na Cidade do México. O paraguaio atua pela equipe do América do México e estava com a presença praticamente garantida na seleção paraguaia na Copa de 2010. A polícia ainda não sabe ao certo o motivo do crime.
O atacante está se recuperando na Unidade de Tratamento Intensivo em um Hospital na Cidade do México, os fãs e torcedores do América fazem vigília na entrada do local.
– É muito cedo para saber se ele vai voltar a jogar, ainda corremos risco. Ele tem boa resistência e boa movimentação, mas jogar futebol não é apenas caminhar ou correr, é a coordenação da mente, o cálculo e estratégia, então nós não sabemos ainda – disse Martinez.
Nos últimos dias, Cabañas conseguiu mexer seus membros, tem conversado com seus familiares e também se alimenta bem. O que leva os médicos a creem que o paraguaio não terá sequelas de movimento.
– Você tem que dar tempo, estas coisas não são de um dia para o outro. Ele ainda segue em cuidados intensivos o que não podemos esquecer. Ele tem uma força incrível e permanece em tratamento intensivo, mas tem ido muito bem – disse Michel Bauer, presidente da América.
Martinez disse que a evolução de Cabañas tem sido lenta, mas satisfatória e que não há nenhum sinal de infecção ou hemorragia.
– Ele é muito forte e saudável e assim estamos em um bom caminho – acrescentou.
O próximo relatório sobre o estado de saúde do jogador será na quarta-feira.
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