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 | 10/12/2009 21h49min

Advogados de Leonel Pavan preparam defesa

O vice-governador Leonel Pavan não compareceu em seu gabinete, no ático do Centro Administrativo no dia em que a Polícia Federal anunciou o indiciamento de sete pessoas, por crimes de advocacia administrativa, corrupção passiva e quebra de sigilo. Entre os sete indiciados no inquérito da Operação Transparência há dois empresários e cinco servidores públicos estaduais.

A lista é encabeçada por Leonel Pavan, enquadrado nos artigos 317, 321 e 323 do Código Penal. O vice esteve pela manhã com o futuro presidente estadual do PSDB, Dalírio Beber, na sede do partido, em São José.

Ao meio-dia, participou da recepção que o governador Luiz Henrique ofereceu na Casa d'Agronômica ao novo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Trindade dos Santos, e toda a nova direção do Judicíário.

Recebeu dois empresários que tratam de investimentos no Sapiens Park. Recebeu inúmeros telefonemas de correligionários e amigos. No final da tarde aguardava a visita do advogado criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho, contratado na véspera para fazer sua defesa.

Nos dois últimos dias, Leonel Pavan manteve-se em absoluto silêncio. Chegou a cogitar de emitir nota oficial na quarta-feira, mas desistiu, alegando que o inquérito corre em segredo de justiça. Motivo apontado também para não falar também depois que os veículos do grupo RBS divulgaram a lista oficial dos sete indiciados.

 — Estão me fazendo sangrar politicamente — afirmou Leonel Pavan em conversa ao telefone celular, demonstrando relativa tranquilidade, mas lamentando todo o ocorrido e jurando inocência de boatos e especulações nos meios políticos em torno de supostas vantagens para obter nova inscrição fiscal da Arrows Petróleo do Brasil.

Considera-se alvo de esquema de adversários políticos. Confirmou que sempre recebeu empresários, prefeitos e contribuintes que a ele se dirigem para pedir encaminhamento de processos e reivindicações comunitárias.

Que isso não configura advocacia administrativa e que procurou tratar do pedido da Arrows, mas logo retirou-se do processo quando soube que tratava-se de empresa punida por sonegação fiscal e adulteração de combustíveis. Seu principal trunfo e da defesa:

— Não houve fato consumado. A inscrição não foi concedida.

Alem disso, contesta que tenha sido beneficiário de qualquer esquema financeiro: — Não sou louco — afirmou indagado sobre os R$ 100 mil que a Arrows teria pago, segundo a versão da Polícia Federal, alegando ter provas no inquérito.

Pavan conversou com Luiz Henrique várias vezes. Tem dele a solidariedade. E assegura que nada mudou nos planos dos dois principais líderes da tríplice aliança em relação à transferência do governo em janeiro.

A NOTÍCIA
 

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