| 01/11/2009 08h30min
Ao que tudo indica, a Seleção Brasileira já definiu aquela que será a sua casa africana no Mundial de 2010. A cidade de Pretória, distante 50 quilômetros de Johanesburgo, deverá receber Dunga e sua turma, a partir de junho. Segundo comenta-se na Cidade do Cabo, a CBF já teria até mesmo assinado um contrato com a prefeitura de Pretória. O sorteio da Fifa já seria direcionado para que o Brasil, um dos cabeças-de-chave, tivesse como sede Pretória.
A ideia é utilizar a estrutura da Universidade de Pretória para os treinos. Toda reformada, ela abriga um centro de alto rendimento esportivo, com cinco campos de futebol, piscina, sala de musculação e hospital. Tudo que um ótimo CT pode oferecer à Seleção durante a primeira fase do torneio.
Além disso, Pretória fica a 1,8 mil metros acima do nível do mar, exigência primordial da CBF para as acomodações da equipe na Copa da África — Ricardo Teixeira acredita que assim o time não sofreria os efeitos da altitude (ainda que mínimos) caso precisasse jogar em um local mais alto em fases decisivas. Já para a pré-temporada, a CBF tem convites de Angola e de Moçambique, duas ex-colônias portuguesas na África, para o período de treinos em maio.
Durante a Copa das Confederações, em junho, a Seleção jogou contra Itália e contra os EUA no estádio Loftus Versfeld, em Pretória. E se deu bem: bateu italianos e norte-americanos por 3 a 0. Fica a pergunta: jogar em Pretória é questão de logística ou superstição?
Cidades podem mudar de nome – Não se assuste se, durante a Copa da África, o Brasil jogar em Icapa, em Egoli, em Polokwane ou em Tsunai. Desde o fim do Apartheid e a ascensão de presidentes negros ao governo da África do Sul, uma antiga reivindicação começou a tomar corpo no país: a utilização de nomes tribais às cidades batizadas pelos colonizadores ingleses e
holandeses.
Aprovada pelo Congresso, a lei determina que algumas cidades importante sejam rebatizadas com nomes de origem bantu (cultura nativa da África do Sul, formada por nove tribos). Assim, Johanesburgo será chamada de Egoli (Cidade de Ouro, em bantu), a Cidade do Cabo será Icapa (que significa Do Cabo), Rustenburg passará a ser Polowake (nome de um antigo chefe tribal) e Pretória ficará conhecida por Tsunai (também nome de um chefe tribal).
— A mudança faz parte de um processo de retomada da cultura negra pós-Apartheid — conta o guia Carlos Ciolfi, um venezuelano que vive há 40 anos na África do Sul.
Por tratar-se de uma mudança até certo ponto radical, em tempos de Copa do Mundo, é possível que os nomes oficiais das cidades sejam alterados após o Mundial, a fim de evitar confundir os turistas. São esperados pelo menos 500 mil visitantes estrangeiros para a Copa sul-africana.
As vuvuzelas seguem na moda
– As vuvuzelas, as barulhentas cornetas
utilizadas pela torcida sul-africana para incentivar a equipe local na Copa das Confederações, estão em alta. Após o sucesso no torneio teste realizado em meados deste ano, elas viraram objeto de adoração. Por locais e turistas. Na Cidade do Cabo, elas estão sendo vendidas a 49 randes (ou R$ 10,85). Uma pechincha.
Clássicos – Foi um sábado de clássicos na África do Sul. No futebol, Orlando Pirates e Kaizers Chiefs empataram em 0 a 0 o jogo de maior rivalidade do país. As duas equipes são do Soweto e o encontro entre elas é algo semelhante ao Gre-Nal, devido à rivalidade. Quarenta mil torcedores assistiram à partida.
Já no rúgbi, a paixão nacional dos sul-africanos, outro clássico: Blue Bulls e Free State Cheeta's. Melhor para os Bulls, que venceram por 36 a 24. Quem não pôde assistir ao
jogo em Pretória, acompanhou em bares. O bar do Hotel Sothern
Sun, na Cidade do Cabo, recebeu com público para ver o jogo. Todos devidamente acompanhados por copões de cerveja.
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