| 12/10/2009 03h35min
Questionada, a diretoria do Grêmio é enfática: fez esforço para trazer Paulo Autuori do Catar e pretende implementar um projeto a longo prazo com o técnico. O contrato vai até o fim de 2010. O desempenho até aqui, entretanto, incomoda. A nova derrota para o Corinthians, no sábado, manteve em sete o número de pontos conquistados pelo técnico longe do Olímpico – 15,5% dos 45 disputados fora de casa no Brasileiro.
Em 2005, campeão da Libertadores e sem a obrigação de G-4, Autuori teve números semelhantes no São Paulo: em 42 jogos, venceu 16 vezes, perdeu 16 e empatou 10. Preocupa, portanto, que o desempenho do técnico seja uma questão de perfil. Seguir apostando em Autuori, cujo time agora precisa de sete vitórias em nove jogos para ir à Libertadores (o que representaria um salto de 47,1% para 77,7% no aproveitamento), é uma das nove questões a serem resolvidas pelo Grêmio ainda em 2009. Confira as outras oito:
1. Decidir-se sobre Douglas
Costa
Se 2009 acabasse hoje,
Douglas Costa terminaria o ano pior do que terminou 2008. Na temporada em que deveria estourar, o meia de 19 anos teve de trocar a pré-temporada no Grêmio pelo Sul-Americano Sub-20, foi humilhado publicamente por Celso Roth, lesionou-se no Gauchão e foi mal nas poucas chances que teve no segundo semestre. Na volta do Mundial Sub-20, é hora do Grêmio decidir se encontrará lugar para o jogador no time. Uma vaga em aberto é a de Jonas, cuja lesão no tornozelo lhe abreviou o Brasileirão. Talvez seja a chance de Douglas encarreirar oito jogos no ataque a partir do Gre-Nal.
2. Investir ou não em Maxi
Manter Maxi López custaria ao Grêmio 1,5 milhão de euros. A decisão de ficar com o centroavante argentino, entretanto, ainda depende do desempenho dele no restante do Brasileirão. A favor, pesa o carisma do atacante junto à torcida, boas atuações e a possibilidade de vendê-lo posteriormente, já que tem 25 anos e trânsito na Europa. Contra, o salário
salgado (R$ 200 mil mensais) e o
desempenho discreto no Brasileirão (nove gols).
3. Resolver a lateral-direita
Palavra do vice de futebol, Luiz Onofre Meira: Mário Fernandes não será o lateral-direito do Grêmio em 2010. O Grêmio pretende buscar na base ou no mercado um jogador para a posição. Em 2009, dois já foram contratados e dispensados: Ruy e Joílson. Em 2010, a ideia é valorizar Mário onde o jogador atua melhor, na zaga. Na posição, ele é considerado uma joia que vale, no mínimo, 10 milhões de euros.
4. Resistir aos compradores
Sem as verbas generosas e o acréscimo no quadro social que trariam uma Libertadores, o Grêmio deve se preparar para analisar com carinho propostas por seus melhores jogadores. Réver e, especialmente, Victor e Souza deverão ser assediados. A direção, no entanto, diz ter como pagar a folha salarial de hoje se o mesmo elenco ser mantido em
2010.
5. Preparar Rochemback e Lúcio
Fábio Rochemback e Lúcio, até aqui, dão uma
resposta inferior ao esperado pela torcida. Há de se considerar que ambos vestiram a camisa do Grêmio logo após recuperar de lesões graves, sem ritmo de jogo em seus clubes na Europa. Como ambos têm contrato até julho de 2010, a ideia é prepará-los fisicamente para começar o próximo ano em ponto de bala.
6. Aplicar o vestibular 2010
Resultados de campo à parte, o time passa agora a avaliar a permanência para 2010 de jogadores como Herrera, Perea, Túlio, Renato Cajá e até mesmo a do capitão Tcheco, cujo contrato se encerra no fim do ano. Destes, a pior avaliação é a de Herrera. Além de não corresponder em campo ao investimento milionário, repercutiram mal suas recentes declarações de amor ao Corinthians. O atacante está suspenso pelo terceiro cartão amarelo contra o Coritiba, no domingo.
7. Vencer o Gre-Nal
Pode ser o campeonato que resta ao Grêmio. Em um momento de
instabilidade do arquirrival, uma vitória no Beira-Rio no próximo dia 25
aliviaria o clima no Olímpico, além de complicar a classificação colorada à Libertadores. Contra o Coritiba, o Grêmio joga com um time de penduradores: se Victor, Réver, Bruno Collaço, Lúcio, Fábio Rochemback, Tcheco ou Maxi López receberem cartão amarelo, não jogam o clássico.
8. Testar os guris
Um dos objetivos de Paulo Autuori é integrar profissionais e base. Adilson e Mário Fernandes e Bruno Collaço, no entanto, tem sido os únicos a serem escalados. Quanto menores as chances de Libertadores, maiores às de testar guris como Maylson e Róberson sem pressão.
Antes, unanimidade pelo currículo, Paulo Autuori já ouve as primeiras vaias
Foto:
Tatiana Lopes
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