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 | 03/10/2009 20h17min

Obama perde mais que Olimpíadas, dizem críticos

Derrota de Chicago para cidade sede significa humilhação para presidente

Críticos norte-americanos definiram neste sábado a derrota da candidatura de Chicago aos jogos de 2016 significa uma humilhação e afetou a imagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como governante e orador.

– Obama perdeu prestígio. Era uma batalha em que não precisava se envolver, mas resolveu entrar e isso teve um custo – definiu o analista político da rede de televisão CBS, Mike Flannery.

Os republicanos consideraram pouco prudente a viagem de Obama no último minuto a Copenhague, quando tinha assuntos pendentes no país como a crise econômica, a nova estratégia da guerra no Afeganistão e a legislação da reforma da saúde.

– O presidente Obama falhou em não trazer as Olimpíadas, enquanto isso o desemprego subiu 9,8% – declarou na sexta-feira o republicano Newt Gingrich logo após saber o resultado, enfatizando que os Estados Unidos necessitam retomar a liderança.

Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca, disse que o julgamento é natural e seria feito fizesse ou não Obama a viagem, mas agora as observações passaram da conveniência da viagem ao questionamento da capacidade política do presidente.

– Se Obama não pode convencer o COI (Comitê Olímpico Internacional) a trazer os Jogos Olímpicos, como vai pressionar os iranianos com o programa nuclear, assegurar o apoio dos aliados nas duas guerras ou reconstruir a imagem dos EUA no Oriente Médio? – perguntou o canal FOX-News.

Crítico de Obama, o canal declarou que desde a posse em janeiro o presidente tem tomado medidas que dizem respeito mais à comunidade internacional, como o fechamento de Guantánamo, a luta contra a mudança climática e, inclusive, um discurso ao mundo muçulmano.

Para o canal conservador, após sofrer semelhante humilhação pública todas as ações demonstram que "Obama tem maior capacidade como orador do que para conquistar resultados, é mais uma celebridade do que um líder".

Segundo Tucker Carlson, analista político do grupo, a derrota olímpica revela que é absurda a ideia de que os países com os quais o presidente tem afeição mudarão suas posições em determinados assuntos.

LANCEPRESS
 

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