| 16/09/2009 22h26min
Foi divulgado nesta quarta-feira pelo jornal inglês “Daily Mail” o segundo depoimento de Nelsinho Piquet à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sobre a armação de Cingapura. Nele, o piloto deu mais detalhes sobre como foi coagido a bater de propósito.
Nelsinho disse que Pat Symonds lembrou do seu segundo lugar meses antes na Alemanha, quando um safety car entrou na pista por causa de um acidente com Timo Glock e o beneficiou.
– Pouco depois de chegar no circuito, fui chamado por Briatore no seu escritório. Como já havia sido chamado várias vezes antes para discutir minha situação contratual, assumi que este era o motivo para a reunião. Symonds me perguntou se eu causaria o safety car. Pelas razões já explicadas no primeiro depoimento, concordei com o plano – disse Nelsinho, no depoimento.
O brasileiro contou ainda que, ao analisar os dados de telemetria do momento da batida, foi possível perceber que ele, de fato, não havia tirado o pé do acelerador.
– Depois de garantir que eu estava na volta designada da corrida, deliberadamente perdi controle do meu carro na saída da curva 17. Fiz isso pressionando o acelerador com força e mais cedo do que o habitual. Quando senti a traseira do carro saindo, segui pressionando o acelerador, com o conhecimento de que isso faria meu carro ter um contato forte com a parede de concreto no outro lado da pista e, assim, provocando uma forte batida, que necessitaria da entrada do safety car – declarou, o piloto.
Nelsinho afirmou também que Briatore quase não falou na reunião.
– Durante a reunião, Briatore falou muito pouco. Assim que a reunião foi chegando ao final, Symonds me disse que eu não deveria falar sobre o plano com ninguém, e que ele me daria novas instruções em breve. Acredito que a reunião no escritório de Briatore não durou mais de dez minutos – contou.
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