| 14/08/2009 11h09min
O Grêmio Esportivo Olímpico tinha 30 anos quando conquistou o primeiro título catarinense no futebol. Hoje, ao completar 90, ele continua sendo o único blumenauense campeão estadual, feito repetido em 1965 (o campeonato era referente ao ano anterior). Esse já seria motivo suficiente para festejar. Mas as razões vão muito além do sucesso nos gramados.
Ano passado, o clube passou por um dos momentos mais difíceis da história ao ter ficado quase que totalmente sob as águas. Reestruturado, o Olímpico preparou uma programação especial — iniciada nesta quinta-feira, dia 13, e se estendendo até domingo — para celebrar o aniversário.
— Temos muito a comemorar. A força e a tradição do clube fizeram com que ele continuasse a funcionar depois de tudo. Tivemos um prejuízo de R$ 247 mil e tiramos 800 caminhões de barro de lá — conta o presidente, Braulino Luiz Pontes Filho.
Em Blumenau há pouco mais de 20 anos, o presidente (que foi goleiro
do BEC nos anos 80) não presenciou todos
os momentos vividos pelo clube da Alameda, mas sabe dimensionar a grandeza dele. Os títulos no futebol, referentes ao campeonatos de 1949 (ganho em 1950) e 1964 (ganho em 1965) são as maiores conquistas profissionais, mas apenas se somam a uma história também construída no amador, em modalidades como atletismo, ginástica olímpica, vôlei, bocha, bolão, natação e tênis, que revelaram muitos atletas para Blumenau nos Jogos Abertos. Aliás, muitas delas tocam o clube desde que fechou o futebol profissional, em 1970.
Nos gramados, o Olímpico mantém atividades na base, em uma parceria com o Atlético-PR. São 150 meninos envolvidos em quatro categorias, de 7 a 14 anos, número que diminuiu após novembro (antes eram 250). Se um dia voltará para tentar o tri estadual? Isso é uma incógnita.
— O Olímpico é um clube tradicional, não pode se aventurar. Para isso, seria preciso um projeto. Antes, Blumenau precisaria ter um estádio — afirma Pontes.
Toda essa
tradição será relembrada até
domingo. Amanhã, os ex-jogadores Orlando (lateral-direito) e Barreira (goleiro) vêm de São Paulo para cantar os parabéns. Ambos estavam no time campeão de 1964.
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