| 15/07/2009 03h45min
Mesmo que a condenação de D’Alessandro seja suspensa ou revertida em ações sociais hoje no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o argentino receberá ultimato no vestiário. O vice de futebol Fernando Carvalho evitou falar sobre o tipo de represália. Mas deixou claro: – O episódio servirá de exemplo de como não devemos nos portar dentro de campo.
DAlessandro pode ser multado ou sofrer outra represália. Apesar de defender que o argentino passa por adaptação no futebol brasileiro, disse que o Inter não pode abrir mão de um jogador de tamanha qualidade por problemas de comportamento. Rechaçou, porém, a ideia de perseguição ao jogador, seja por arbitragens ou pelo tribunal.
O argentino terá que aguardar até momentos antes da partida de hoje à noite contra o Fluminense para saber se o STJD concederá o efeito suspensivo da pena de 60 dias. Ele foi condenado por tentativa de agressão ao zagueiro William, do Corinthians, na final da Copa do Brasil.
O jurídico do Inter tentou
ingressar ontem no STJD com pedido de efeito suspensivo, mas não deu certo. O relator do processo, o auditor Wagner Nascimento, encaminhou o acórdão com os votos da comissão ao tribunal às 17h48min, ao final do expediente.
Por isso, só hoje o presidente em exercício do STJD, o carioca Virgílio Val, decidirá sobre o pedido.
O clube apega-se ao caso Dentinho para seguir com esperanças. O atacante do Corinthians foi suspenso por três jogos na Copa do Brasil, o clube ingressou com pedido de efeito suspensivo, que foi analisado e deferido por Rubens Approbato Machado, presidente do STJD – e conselheiro do Corinthians. Mais tarde, Dentinho foi a novo julgamento e acabou absolvido.
Árbitro não se pronunciou sobre a súmula do jogo
A direção do Inter entende que a súmula do árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro foi carregada.
– Não posso me pronunciar por exigência da Fifa e da CBF, mas
a súmula foi preenchida ainda no vestiário, sob o calor do jogo e sem
rever os lances na TV – comentou o árbitro mineiro.
No Brasileirão de 2008, o Grêmio recorreu a Eurico Miranda para obter efeito suspensivo para Léo, Réver e Morales, punidos com 120 dias, três jogos e oito partidas, respectivamente. O ex-presidente do Vasco fez lobby junto à Federação Carioca de Futebol a favor do Grêmio.
Deu certo: Léo teve a pena reduzida, Réver e Morales foram absolvidos.
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