| 19/05/2009 13h55min
Um tribunal de Paris decidirá nesta quarta se a FIA deverá anular as mudanças no regulamento previstas para o ano que vem, atendendo a uma denúncia da Ferrari. O juiz escutou hoje os argumentos dos advogados da equipe italiana, que acusa a entidade máxima do automobilismo mundial de romper o Pacto de Concórdia – acordo entre as escuderias e a organização da categoria - ao tentar modificar o regulamento da F-1 sem consenso.
O tribunal também escutou os representantes da federação internacional e decidiu adiar para amanhã a decisão, que deve sair às 9h (de Brasília). A Ferrari decidiu ir aos tribunais devido à falta de acordo na reunião de conciliação de sexta entre a FIA, a Associação de Escuderias da Fórmula-1 (Fota, em inglês) e Bernie Ecclestone, à frente da Formula One Management (FOM), que detém os direitos comerciais da categoria.
O principal ponto de discórdia é a intenção da FIA de limitar o orçamento de cada equipe para € 45 milhões, sem contar as despesas de patrocínio e o salário dos pilotos, a partir de 2010. A escuderia italiana ameaçou não disputar o Mundial do próximo ano se a FIA não flexibilizar o calendário para introduzir essa limitação orçamentária.
Diante da proximidade do prazo limite de inscrição no torneio do ano que vem, no próximo dia 29, a escuderia italiana decidiu levar o caso à justiça francesa, que supervisionou o Pacto de Concórdia. A denúncia é mais um passo na briga entre a FIA e as equipes, lideradas pela Ferrari. A escuderia italiana conta com o apoio de Renault, Toyota, Red Bull e Toro Rosso, que também ameaçaram não disputar o próximo Mundial caso a proposta siga em vigor.
O inglês Max Mosley, presidente da FIA, pretende usar os ajustes orçamentários para facilitar a chegada de novas equipes como a Lola e os americanos da USF1, que esbarram nos custos para disputar os Grandes Prêmios.
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