Ainda que os jogadores, capitaneados por Tcheco, tenham pedido ao técnico Celso Roth para disputar o Gauchão com time titular, eles não serão atendidos. Nem pelo técnico nem pela direção. Desde a vitória de 2 a 0 sobre o Sapucaiense, o Grêmio terá sempre time misto (ou até mesmo reserva) na Taça Fábio Koff – a menos que haja um Gre-Nal ao final do returno. Tudo que pode ameaçar o sonho da Libertadores será descartado. Ruy, Léo, Rafael Marques, Makelele e Jonas, que enfrentaram Boyacá e Sapucaiense, estão fora da partida de quarta-feira, contra o São José, no Olímpico.

No próximo domingo, diante da Ulbra, em Canoas, é possível que apenas dois ou três titulares sejam usados. Afinal, na segunda-feira seguinte a delegação embarcará para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde enfrenta dia 25 o Aurora, pela Libertadores, na cidade de Cochabamba. Uma segunda vitória fora de casa pode encaminhar a classificação no Grupo 7 – com boas chances de ficar em primeiro.

A reivindicação dos jogadores ainda é do vestiário do Estádio dos Plátanos, logo após a derrota para o Santa Cruz. Queriam o mesmo time no Gauchão e na Libertadores. Mas a sugestão foi rechaçada porque a direção está preocupada com o surgimento de lesões.

– Queremos conquistar o Gauchão e a Libertadores. Mas a Libertadores é a prioridade. Estamos correndo um risco calculado com tal medida – admitiu o presidente Duda Kroeff.

Para o jogo de domingo, horas antes do embarque para Santa Cruz de la Sierra, com conexão em São Paulo, o departamento médico será consultado para a escalação da equipe. Ao menor sinal de cansaço ou dores musculares, o jogador ficará fora.

– A ordem era tentar decidir o jogo no primeiro tempo para poupar o time no segundo – revelou Ruy.

Foi o que o Grêmio fez em São Leopoldo. Celso Roth tem consciência dos riscos com a equipe mista no Gauchão. Mas manterá o rodízio de jogadores, que é uma decisão tomada em conjunto com a direção:

– É difícil manter a qualidade alternando a equipe, mas é assim que jogaremos.