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 | 25/02/2009 23h44min

Grêmio perde muitas chances e estreia com empate sem gols

Time de Celso Roth chegou pelo menos 13 vezes com perigo ao gol de Miguel Pinto

Atualizada em 26/02/2009 às 08h53min Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Foi com o novo uniforme, com detalhes em dourado, para chamar o ouro da Libertadores, que o Grêmio estreou na Copa, ontem à noite, no Olímpico. Mas com pelo menos 13 chances claras de gol desperdiçadas contra a Universidad de Chile, o 0 a 0 colocou o time de Celso Roth na segunda posição do Grupo 7, ao lado dos chilenos, e atrás do Boyacá Chicó. No dia 11, a equipe poderá ganhar a liderança da chave justamente contra os colombianos, em Tunja.

Minutos antes da estreia, o clima de Libertadores era total nas arquibancadas. Entusiasmados, os mais de 200 chilenos não paravam de cantar e pular. A reação começou com os cânticos da Geral – que ontem voltou a levar faixas, trapos e a banda ao estádio –, emprestando clima de decisão ao jogo. Nos alto-falantes, as músicas de 1983, das conquistas da América e do Mundial, além do hino Rio-grandense.

Assista aos gols perdidos pelo Grêmio:



Em campo, com o lateral-esquerdo Jadílson como a surpresa de última hora para explorar a bola aérea ofensiva, o Grêmio precisou de seis minutos e uma cabeceada de Réver, rente ao travessão, para entrar no jogo. Os chilenos, com o segundo uniforme, todo em vermelho, pareciam antecipar o possível Gre-Nal de domingo, pela decisão do primeiro turno do Gauchão.

Com a defesa adversária radiografada e monitorada desde a pré-Libertadores, o Grêmio foi como uma avalanche para cima do gol chileno. Em quatro minutos, cinco oportunidades — todas criadas a partir de cruzamentos para a área. Eram 13 minutos quando Jonas obrigou Marcelo Pinto a uma defesa espetacular, com Ruy chutando para fora o rebote. A partir daí, a pressão gremista arrefeceu. A empolgação inicial perdeu espaço para a marcação e a correria da Universidad.

Celso Roth reclamou dos chutes de fora da área

A pressão foi retomada aos 33 minutos, a partir dos avanços de Adilson e de Tcheco, dos dribles de Souza e de Jadílson, e dos cruzamentos de Ruy. Um cabeceio de Alex Mineiro só não se transformou em gol porque Marcelo Pinto foi perfeito outra vez. Na sequência, Souza acertou a trave esquerda, em chute de fora da área.

O segundo tempo foi uma repetição do domínio gremista. Até no desperdício de gols. Nos primeiros oito minutos, foram seis chances. Em um único lance, o Grêmio perdeu três vezes o gol — quando marcou, com Réver, o árbitro deu falta no goleiro. Aos chilenos, restava catimbar e torcer para que o tempo passasse logo, e sobreviver com um ou outro contra-ataque. Sergio Markarián ainda mexeu no time, logo aos 10 minutos, colocando mais um zagueiro em campo, a fim de segurar o Grêmio.

Aos 27, o Grêmio ficou com um jogador a mais em campo quando Díaz foi expulso após falta dura em Jadílson. Em seguida, Olarra agarrou Jonas na área. O árbitro não marcou pênalti. Do banco, Celso Roth berrava para que Tcheco parasse de chutar de fora da área e trabalhasse mais a bola. Mesmo com a vantagem em campo, o Grêmio acabou diminuindo seu ritmo ofensivo. Ao final, a catimba chilena fez a partida arrastar-se para o 0 a 0. A legítima goleada que não foi.

 

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