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 | 16/11/2008 17h54min

Luxemburgo: Saio na porrada de novo se precisar

Técnico comanda o Palmeiras contra o Flamengo com tipóia no braço

O técnico Vanderlei Luxemburgo subiu no gramado do Maracanã neste domingo para o jogo contra o Flamengo com uma tipóia no braço direito e uma gravata verde. Antes da partida válida pela 35ª rodada do Brasileirão, o treinador mais uma vez repudiou as agressões que sofreu de uma torcida organizada no Aeroporto de Congonhas. Prometeu combater os "vândalos" judicialmente e com mais violência.

– Vou até aonde tiver que ir com isso. A relação com a torcida do Palmeiras é maravilhosa, porque ela é maior do que uma Mancha Verde. Com vândalos, não. Não quero sair de casa escondido. Fui agredido. Se tiver de sair na porrada de novo, eu saio – ameaçou.

O técnico do Palmeiras conhece bem os agressores. Quando deixou o Santos, por exemplo, confirmou que ajudava financeiramente desfiles carnavalescos de torcidas organizadas dos grandes clubes de São Paulo. O desafeto Emerson Leão já classificava esses grupos como "turma do Carnaval", em referência ao aporte de Luxemburgo, antes mesmo de ser agredido na Vila Belmiro.

– Ninguém deve perguntar do meu relacionamento com torcida agora – disse Luxemburgo. – É preciso lutar contra essas atitudes de vândalos. Sou profissional. E o Palmeiras é muito maior do que isso. Conta com mais de 10 milhões de torcedores. Não vai ser um ex-chefe de torcida ou 20 ou 30 vândalos que irão me amedrontar e tirar do sério. O que aconteceu foi uma covardia, uma tocaia. Não pode passar em branco – protestou.

Ameaça de morte

O entrevero entre Luxemburgo e a principal torcida organizada do Palmeiras atingiu também dirigentes. O diretor de futebol Savério Orlandi não presenciou a briga no Aeroporto de Congonhas, mas também se indispôs com os torcedores.

– Recebi uma ameaça anônima de morte e lamento que isso tenha ocorrido. Foi falada no calor da situação pelo torcedor, mas não vai abalar a minha confiança. Estou tranqüilo com o trabalho que fazemos no Palmeiras e não vou sucumbir a esse tipo de pressão de uma minoria. A maioria está conosco – discursou Orlandi, que também denunciará o caso ao Ministério Público.

GAZETA PRESS
 

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