| 14/11/2008 10h05min
Disputar a Libertadores virou, nos últimos anos, o sonho de todos os times brasileiros. Além de ser o campeonato mais tradicional da América, é também a salvação para os cofres dos clubes. De acordo com levantamento do Globoesporte.com, um clube que chega à decisão do torneio pode arrecadar cerca de R$ 13,7 milhões, fora o lucro indireto.
Para 2009, o único brasileiro já confirmado na competição é o Sport, campeão da Copa do Brasil. São Paulo, Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo disputam as quatro vagas distribuídas no Brasileirão.
Tricampeão da competição e prestes a carimbar o passaporte para a sexta participação consecutiva, o São Paulo é um dos clubes que melhor aproveita os recursos proporcionados pela Libertadores. Ações de marketing no Brasil e no Exterior entram na lista das receitas extras do Tricolor paulista.
– Temos ganhos indiretos diversos. Quando estamos na Libertadores, temos uma exposição muito forte. Estaremos pela sexta vez seguida, se Deus quiser, e isso se torna uma coisa mais cotidiana. No preço do patrocínio é bem significativo, porque a marca vai aparecer muito. Outro ganho indireto é a vitrine internacional, para mostrar o clube, o que traz vantagens comerciais grandes – explica o diretor de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes.
Por outro lado, Kléber Leite, vice-presidente de futebol do Flamengo, lembra que há fatores em que a Conmebol ainda precisa evoluir e aponta onde o próprio mercado nacional se sobressai.
– Financeiramente, a Libertadores não é a oitava maravilha do mundo. Alguns itens são absurdos, como a publicidade estática. O que os clubes recebem é ridículo. No Brasileiro e no Carioca estamos em outro mundo. As cotas também são de ruins para razoáveis. Só quem vai ao Japão é que tem uma vantagem enorme porque pode usufruir de cotas extraordinárias.
Senso comum, entretanto, é a força que a Libertadores tem quanto à atratividade. Normalmente, os clubes que disputam a competição são os preferidos pelos jogadores em todo início de temporada, tornando o mercado mais acessível.
– No lado da visibilidade e esportivamente falando a Libertadores é nota 10. Sem dúvida alguma fica mais fácil convencer os jogadores a jogar no clube. Embora a gente pretenda manter quase todo time – reforça Kléber Leite.
Muito mais rentável que a Libertadores é o Mundial de Clubes da Fifa. Disputado tradicionalmente no Japão, o torneio está marcada para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, em 2009, e pode render até R$ 10,6 milhões para o participante.
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