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 | 01/02/2003 11h07min

Satélites dos EUA detectam movimento nuclear na Coréia do Norte

Governo norte-americano pede reforço na região

Satélites espiões norte-americanos mostraram que a Coréia do Norte pode estar trabalhando para produzir ogivas nucleares, segundo funcionários do governo dos EUA. Um comandante militar de alto escalão pediu mais tropas, aviões e navios para reforçar a aliada Coréia do Sul.

Em sinal de que a crise na península coreana está se aprofundando, funcionários do governo dos EUA disseram nessa sexta, dia 31, que imagens de satélite mostram trabalhadores norte-coreanos transportando cilindros de combustível em um importante complexo nuclear, possivelmente incluindo alguns dos oito mil cilindros já utilizados.

Esse material pode ser reprocessado para a extração de plutônio, o combustível utilizado em ogivas atômicas nucleares. Não há sinais de que o reprocessamento tenha sido reiniciado.

– Qualquer iniciativa em direção ao reprocessamento seria mais uma provocação da Coréia do Norte com o intuito de intimidar e chantagear a comunidade internacional – disse o porta-voz da presidência dos EUA, Ari Fleischer.

Ele não quis comentar a informação divulgada pelo jornal The New York Times à respeito da movimentação dos cilindros de combustível usados.

Segundo especialistas, se o reprocessamento começar, isso demonstrará a intenção da Coréia do Norte de fazer bombas nucleares. O país poderia produzir até seis ogivas com o material disponível.

O almirante Thomas Fargo, que comanda todas as forças norte-americanas na Ásia e no Pacífico, pediu reforços para demonstrar à Coréia do Norte que os EUA estão preparados para qualquer contingência. Os reforços incluem milhares de soldados para se juntarem aos 37 mil que já estão na Coréia do Sul, além de bombardeiros B-1 e B-52 e, possivelmente, um porta-aviões.

O governo norte-coreano não se manifestou à respeito da informação divulgada pelo serviço de inteligência dos EUA nem sobre o pedido de reforços, mas a Agência de Notícias Central da Coréia do Norte informou que a vigilância dos EUA e os exercícios militares estavam "propiciando uma atmosfera de guerra". As informações são da agência Reuters.

 

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