| 18/04/2008 05h34min
Basta um telefonema do diretor de futebol, André Krieger. Desvinculado do San Lorenzo, depois de disputa pelos direitos federativos, o argentino Saja, 28 anos, diz estar pronto para retornar ao Olímpico.
Newells, Gimnasia-LP e Lanús, todos da Argentina, e clubes brasileiros, cujos nomes mantém sigilo, acenam com propostas. A preferência é pelo Grêmio.
— Na minha despedida de Porto Alegre (dia 27 de dezembro), prometi que voltaria. Será este ano, em 2009 ou em 2014, mas vou voltar — promete o goleiro, por telefonema de Buenos Aires.
Saja não atua desde 3 de novembro, quando sofreu ruptura do cabo do bíceps do braço esquerdo, na derrota para o Figueirense, no Olímpico. Operado quatro dias depois, pediu a Rafael Savino, presidente do San Lorenzo, que reduzisse o valor dos direitos federativos, fixados em 1,3 milhão de dólares. Sabia que se tratava da única possibilidade de o Grêmio contratar um jogador vindo de cirurgia.
Sem obter
sucesso, ingressou em período de incerteza.
Rompido com Savino, Saja foi proibido de treinar no San Lorenzo. Mesmo fora dos planos do técnico Ramón Díaz, se reapresentou. Os dois tiveram discussão rápida no campo da Cidade Desportiva, centro de treinamentos do San Lorenzo. Em seguida, ouviu de Díaz a recomendação para que se integrasse aos juvenis. Ao que respondeu:
— Sou um profissional, não vou treinar com amadores.
Depois disso, Saja iniciou a batalha para se desvincular do San Lorenzo, clube onde cresceu. Para comprovar a proibição de trabalhar com os profissionais, chegou ao treino acompanhado de um oficial de Justiça. O Nacional-URU apresentou proposta em fevereiro. Com medo de perder o vínculo, os argentinos exigiram prorrogação até dezembro de 2009.
Saja não concordou e recorreu à AFA (Associação do Futebol Argentino). Na semana passada, obteve a liberação.
— Agora, sou jogador livre,pronto para assinar com qualquer clube — avisa.
Por telefone,
ele conta que segue programa de treinos para manter
potência e coordenação. Sem clube, se exercita em academia particular de Buenos Aires.
Nesses quase cinco meses, Saja não perdeu o contato com o Grêmio. Pela internet, leu em ZH que seu nome integra lista de reforços e soube das eliminações no Gauchão e na Copa do Brasil.
— Foi um problema terrível — lamenta.
A lesão não deixou seqüelas. Em janeiro, começou a se exercitar - a previsão dos médicos do Grêmio era de que só voltasse em março. Saja garante que o problema se resolveu por completo.
— Não houve nenhuma dor ou tendinite. O ombro respondeu bem a todos os esforços — assegura.
Saja acredita que estaria à disposição para jogar em 11 de maio, quando o Grêmio enfrenta o São Paulo, no Brasileirão. Só depende do contato de Krieger.
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