| 12/10/2007 16h45min
Seja em Libertadores da América ou em Eliminatórias para Copa do Mundo, os duelos entre brasileiros e argentinos, uruguaios, paraguaios ou colombianos sempre são recheados de catimba, rivalidade e tradição, onde qualquer detalhe pode definir o vencedor. Cientes de que na qualidade técnica será difícil enfrentar o time brasileiro de igual para igual, a seleção colombiana adotou alguns artifícios extras para tentar vencer no domingo, na estréia das equipes nas Eliminatórias para a Copa da África do Sul.
A primeira armadilha foi o agendamento da partida para o Estádio Nemesio Camacho, o “El Campin”, localizado em Bogotá, cidade situada 2.640 metros acima do nível do mar, onde a bola “corre mais” e o ar costuma faltar a quem não está acostumado com o local.
O segundo truque, revelado nesta semana pela Federação Colombiana, visa justamente tirar proveito da altitude. Para fazer os jogadores brasileiros cansarem rapidamente, a seleção ordenou que as medidas do campo fossem aumentadas.
Para o meia Kaká, uma das principais peças do atual grupo nacional, a artimanha de alteras as dimensões do gramado fará pouca diferença.
– Não acho que isso será um grande problema, pois, fisicamente, nosso time está muito bem. Acredito que poderemos cansar um pouco mais, mas, por outro lado, teremos mais espaço para jogar – avalia.
Quem também deu de ombros ao saber da intenção colombiana foi o técnico Dunga. Para o comandante da seleção brasileira, os rivais têm todo o direito, desde que cumpram as determinações da Fifa.
– Há as medidas oficiais e eles podem fazer o que quiserem se ficarem dentro delas – considerou o técnico. – Não temos que nos preocupar com campo ou altitude. Temos que jogar, fazer uma boa partida e mostrar a nossa qualidade, pois, nas Eliminatórias, cada país usa suas armas. É normal e cabe a nós superar todas as dificuldades – finalizou.
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